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PF investiga ações ilegais de espiões da Abin

Dois servidores da agência foram presos na Operação Última Milha, que apura uso indevido de sistema de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial

PF investiga ações ilegais de espiões da Abin
PF investiga ações ilegais de espiões da Abin (Polícia Federal/Divulgação)
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A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta 6ª feira (20.out), a Operação Última Milha, para investigar uso indevido de um sistema de geolocalização (GPS) de dispositivos móveis por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para rastrear celulares sem autorização judicial.

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+ Abin abriu sindicância para apurar uso de sistema de monitoramento por agentes espiões

Essa utilização ilegal da ferramenta teria ocorrido durante parte da gestão do ex-diretor-geral Alexandre Ramagen, hoje deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro. Ele foi nomeado ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2019, e ficou no posto até 2022.

Operação Última Milha

A ação cumpriu 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nos estados de Goiás, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal.

As prisões e cinco mandados de afastamento de servidores foram cumpridos no DF. Agentes apreenderam US$ 171.800 em espécie na residência de um dos alvos na capital federal. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), expediu as medidas judiciais no âmbito do inquérito das fake news.

Segundo os investigadores, o grupo espionava e monitorava servidores do STF, advogados, jornalistas, policiais e até mesmo ministros da Suprema Corte, por meio de um sistema de rastreamento usado pela agência, o First Mile.

Esse programa de GPS, de origem israelense, "é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira". "A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos", diz a corporação, em nota.

A PF ainda apura a atuação de dois servidores da Abin que teriam se aproveitado do conhecimento sobre a utilização irregular do sistema "como meio de coerção indireta para evitar a demissão". 

Os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

*Texto atualizado às 12h02

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