PT condena assassinatos cometidos pelo Hamas e acusa Israel de "genocídio"
Segundo o partido, país do Oriente Médio cometeu crimes de guerra
O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou, nesta 2ª feira (16.out), uma resolução sobre a situação na Palestina e em Israel. No texto, a sigla condena crimes cometidos pela organização radical Hamas e o Estado de Israel, e afirma que este está realizando um genocídio contra os moradores da Faixa de Gaza. O grupo e o país do Oriente Médio estão em guerra desde o dia 7 de outubro.
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"Condenamos os ataques inaceitáveis, assassinatos e sequestro de civis, tanto pelo Hamas quanto pelo Estado de Israel que realiza, neste exato momento, um genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra".
Ainda no texto, a sigla diz apoiar, desde os anos 1980, uma luta dos palestinos pela sua soberania nacional e a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) pela constituição do Estado da Palestina e o Estado de Israel.
Em 7 de outubro, o PT chegou a divulgar uma nota expressando "sua preocupação com a recente escalada de violência envolvendo palestinos e israelenses, com diversas vítimas civis, incluindo crianças e idosos". Assinada pela presidente nacional da sigla, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e o secretário de relações internacionais do partido, Romenio Pereira, ela não fazia menção ao Hamas nem acusava Israel de genocídio.
"O PT repudia todo e qualquer ato de violência e se solidariza com todas as vítimas e seus familiares. Só há um caminho para a paz na região, que é a garantia de dois Estados, um palestino e um israelense, o cumprimento dos acordos de Oslo, que completam 30 anos em 2023, e o cumprimento das Resoluções da ONU", dizia.
Confira a íntegra da resolução aprovada hoje:
O PT apoia, desde os anos 1980, uma luta do povo palestino pela sua soberania nacional, bem como a Resolução da ONU pela constituição de dois Estados Nacionais, o Estado da Palestina e o Estado de Israel, garantindo o direito à autodeterminação, soberania, autonomia e condições de desenvolvimento, com economia viável para a Palestina, buscando a convivência entre os dois povos;
O PT historicamente mantém relações partidárias unicamente com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), assim como com a Autoridade Nacional Palestina sediada em Ramallah;
O PT condena, desde a sua fundação, todo e qualquer ato de violência contra civis, venham de onde vierem. Por isso, condenamos os ataques inaceitáveis, assassinatos e sequestro de civis, tanto pelo Hamas quanto pelo Estado de Israel que realiza, neste exato momento, um genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra;
O PT parabeniza os esforços compreendidos pelo Governo brasileiro, sob a condução do Presidente Lula, direto à repatriação rápida de brasileiros na região do conflito e pelo acesso à ajuda humanitária na região da Faixa de Gaza, com a retirada dos bloqueios que são impostos por Israel que impactam diretamente a população civil, além do pronto restabelecimento do fornecimento de água, energia elétrica, alimentos, medicamentos e combustíveis na região, bem como a liberdade da liberação imediata dos reféns civis israelenses.
O PT manifesta apoio à atuação do Brasil, inclusive no Conselho de Segurança da ONU, em linha com a tradição diplomática brasileira, em prol de um cessar-fogo imediato e pelo cumprimento das resoluções da ONU, especialmente como que garante a existência do Estado da Palestina e uma relação de importação com Israel;
O PT alerta contra os riscos de uma escalada do conflito. O mundo não precisa de mais guerras. O mundo precisa de paz;
O PT convocou sua militância para participar das atividades em defesa da paz, em defesa da solução dos dois Estados (Palestina e Israel) e em defesa dos direitos do povo palestino a uma vida, importação e soberania nacional.