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Brasil

Comerciantes pedem volta do horário de verão; governo diz não haver necessidade

Ministério aponta questão energética, mas setor de serviços argumenta que há alta nas vendas com mais horas de sol

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Praia no Rio de Janeiro
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Fora do calendário brasileiro desde 2019, o horário de verão ainda mexe com os sentimentos da população. Há quem esteja satisfeita com o fim dele, enquanto outros clamam pela volta. 

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Neste segundo grupo estão os comerciantes. Em entrevista ao Poder Expresso, do SBT News, o líder de conteúdo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), José Eduardo Camargo, argumentou que há uma alta no faturamento com as horas a mais de sol: "O movimento nas ruas aumenta e, por consequência, os bares e restaurantes se beneficiam". Ele cita um acréscimo de 10% a 15% nas vendas -- algo na casa de R$ 30 bilhões a R$ 45 bilhões, ante uma projeção de faturamento anual de R$ 300 bilhões.

Apesar dos apelo da Abrasel e de outras entidades, o governo, por ora, descarta o retorno. Em nota enviada ao SBT News, o Ministério de Minas e Energia afirmou que, "em virtude do planejamento seguro implantado pelo ministério desde os primeiros meses do governo, os dados não apontam, até o momento, para nenhuma necessidade de implementação do horário de verão".

Para o representante da Abrasel, porém, a manifestação do MME é "míope". "Ela enxerga só o momento agora, em que os reservatórios estão cheios, a gente não tem esse problema da crise hídrica, mas é por enquanto", afirma. "Não adianta você só olhar para essa questão energética, que é importante, mas você precisa ver outros aspectos também, da economia como um todo", acrescenta.

A Abrasel, aliás, enviou carta com o pedido ao presidente Lula, ao vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e ao ministro do Turismo, Celso Sabino. Mesmo com o posicionamento do MME, Camargo diz crer que o governo está aberto a discutir a questão.

Assista à íntegra da entrevista (a partir de 34min44seg): 

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