Floresta Amazônica registra 22% dos assassinatos de ambientalistas no mundo
Colômbia e Brasil lideram ranking de países mais mortal para estudiosos
Um levantamento da Global Witness, divulgado nesta 4ª feira (13.set), revelou que 177 defensores da terra e do meio ambiente foram assassinados em 2022 por tentar proteger o planeta. O número é equivalente a uma morte a cada dois dias, totalizando 1.390 assassinatos em 10 anos. A floresta Amazônica foi palco de 39 mortes (22% do total).
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Segundo o levantamento, a Colômbia é apontada como o país mais mortal para ambientalistas, registrando 60 assassinatos no ano passado. Em seguida, aparecem o Brasil, com 35 mortes, e o México, com 31. Juntos, os países responderam por 125 assassinatos em todo o mundo, o equivalente a 70% do total contabilizado.
A floresta Amazônica, que se estende por oito países na América do Sul, é apontada como um dos locais mais perigosos para defensores do meio ambiente, uma vez que 39 mortes registradas equivalem a um caso em cada cinco. Desde 2014, já foram contabilizadas 296 assassinatos no bioma, além de casos de sequestro, tortura e violência.
Entre os relatos estão incluídos os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Ambos faziam uma viagem pelo Vale do Javari quando foram rendidos por moradores locais após registrarem a prática de atividades ilegais. A investigação revelou que eles foram mortos a tiros e tiveram os corpos esquartejados e carbonizados.
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"Durante muito tempo, os responsáveis por ataques letais contra os defensores têm escapado impunes de assassinatos. Violência, intimidação e assédio também estão sendo infligidos para silenciar defensores em todo o mundo. Apesar de estar ameaçado por ações irresponsáveis de empresas e governos, este movimento global de pessoas, unidas pela determinação e pelo compromisso de defender as suas casas e comunidades, mantém-se firme", disse Shruti Suresh, codiretor de campanhas da Global Witness.