Após soltura de Mauro Cid, Bolsonaro diz que o mais escuta é "não desista"
Ex-presidente postou vídeo nas redes sociais neste domingo (10.set). Cid saiu da prisão no sábado (9.set); confira
Um dia após o tenente-coronel Mauro Cid deixar a prisão, o ex-presidente Jair Bolsonaro postou um vídeo na plataforma X, antigo Twitter, falando sobre o mais escuta das pessoas quando está no "meio do povo".
"Três pequenas frases que eu mais ouço quando estou no meio do povo: ?Não desista?, ?Deus te abençoe? e ?Estamos orando por você?. Muito obrigado a todos", diz Bolsonaro no vídeo.
Confira:
? Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) September 10, 2023
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Preso durante 139 dias por suspeita de fraude em cartões de vacinação de parentes dele e de familiares de Bolsonaro, o militar foi solto neste sábado (9.set), após Moraes homologar acordo de colaboração premiada.
A decisão de Moraes impôs várias medidas cautelares a Cid, como uso de tornozeleira eletrônica, suspensão do porte de arma de fogo, restrições para não sair de casa durante à noite e fins de semana e cancelamento de passaportes, além do afastamento das funções no Exército.
Cid deixou o Batalhão da Polícia Militar, em Brasília (DF), por volta das 14h37 de sábado, ao lado do advogado Cezar Bitencourt. Às 16h, Cid chegou em casa, na Vila Militar, após instalação de tornozeleira e realização de exame de corpo de delito.
Investigações
As apurações contra Cid começaram em esquema de fraude em cartões de vacina, mas se estenderam em outras áreas e o colocaram como alvo em seis inquéritos, que vão de saques em espécie de cartões corporativos da presidência à tentativa de venda ilegal de presentes recebidos por autoridades estrangeiras durante viagens oficiais.
Outra investigação que envolve Cid é a que apura o vazamento de informações sigilosas de um inquérito da Polícia Federal que foi utilizado para atacar urnas eletrônicas.
Todos os casos estão ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A expectativa é que uma colaboração premiada concedida por Cid possa contribuir com o avanço de investigações contra o ex-presidente.
A defesa de Bolsonaro nega haver pontos a serem delatados. Em mensagem compartilhada nesta semana, o advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação do antigo governo, Fabio Wajngarten, afirmou que "não há o que delatar".