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"PGR não aceita delações conduzidas pela PF", diz Aras após acordo que soltou Mauro Cid

Procurador-geral da República comparou colaboração do ex-assessor de Bolsonaro com delações de Palocci e Sérgio Cabral

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augusto aras
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Após a homologação do acordo de colaboração do tenente-coronel do Exército Mauro Cid conduzido pela Polícia Federal (PF), o procurador-geral da República Augusto Aras recorreu às redes sociais para criticar a medida que levou à soltura do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

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Aras comparou o acordo com as delações acertadas com Antonio Palocci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, e com Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro.  

"A PGR não aceita delações conduzidas pela Polícia Federal", escreveu Aras na plataforma X, antigo Twitter. 

A PGR deu parecer contrário ao pedido de acordo proposto pela defesa de Mauro Cid. Ao argumentar sobre a negativa, Aras afirmou que a manifestação assinada pelo subprocurador geral da República "apenas postula o que diz a lei". 

Apesar da negativa da PGR, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, homologou a colaboração e concedeu liberdade a Cid. 

Citadas por Aras, as delações de Palocci e de Sérgio Cabral foram alvos de questionamentos e não renderam condenações após as investigações não comprovarem as denúncias feitas dentro do acordo. 

Preso há 139 dias, o tenente-coronel Mauro Cid deixou o Batalhão da Polícia Militar por volta das 14h37, ao lado do advogado Cezar Bitencourt. 

Por volta das 16h, Cid chegou na sua casa, na Vila Militar, em Brasília, após a instalação da tornozeleira eletrônica e da realização de exame de corpo de delito.

Na decisão que homologou o acordo de colaboração, Moraes impôs uma série de medidas cautelares ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica, a suspensão do porte de arma de fogo e o cancelamento de todos os passaportes do militar. Além disso, o tenente-coronel foi afastado de suas funções no Exército. 

Moraes flexibilizou, no entanto, o encontro com familiares. O ministro proibiu que Cid fale com outros investigados, inclusive por meio de seus advogados. Mas incluiu como exceções a esposa de Cid, Gabriela Cid, e o pai, Mauro Cesar Lourena Cid. Os dois também são alvos de inquéritos da Polícia Federal (PF). 

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