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Brasil

Casos de câncer entre pessoas mais jovens aumentaram 80% desde 1990

Estudo internacional prevê números de casos em alta nos próximos anos. Doença está associada ao estilo de vida.

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O estudo feito em 204 países, entre eles o Brasil, mostrou que em 1990 foram registrados 1,82 milhão de casos de câncer em pacientes com idades entre os 14 e 49 anos de idade. Depois de quase três décadas (2019), os casos aumentaram 79,1% e alcançaram 3,26 milhões.

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As mortes também cresceram cerca de 30%. Os tumores mais letais, no período da pesquisa, foram de mama, pulmão, estômago e intestino.

De acordo com a Global Burden of  Disease Study/ BMJ Oncology, um terço dos casos de câncer em pessoas mais jovens se dá por fatores genéticos, mas o restante está relacionado ao estilo de vida. O médico Hélder Salvador, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica destaca que "a obesidade infantil, o alto consumo de açúcar, o alto consumo de carne vermelha, a inatitividade física está começando na infância e aos 40 anos a pessoa já tem 35 anos de exposição a esses fatores de risco".

Devido a esse cenário, a previsão é de que a doença avance ainda mais, cerca de 30% nos próximos sete anos. 

O tabagismo e o consumo exagerado de bebidas alcoólicas também são associados à doença. Os especialistas defendem a volta de campanhas de conscientização, expondo os perigos da manutenção de hábitos inadequados de alimentação e do sedentarismo. Comer mais alimentos naturais, como frutas, legumes e verduras.

A psicóloga Carolina Ferraz acha importante mudar a mentalidade do cidadão sobre o consumo de comida. "É algo que precisa ser passado de pai para filho. Evitar os industrializados, evitar o que é vendido em pacotinhos".    

DOENTE AOS 36

A fotógrafa Carolina Cury foi diagnosticada com câncer de mama aos 36 anos de idade. Ela sempre manteve o foco em hábitos saudáveis e não tinha casos da doença na família. Fez o tratamento, mas cinco anos depois o tumor voltou."Foi um segundo tratamento muito mais agressivo", explica."A doença estava localmente avançada.É uma virada de chave mesmo, você passa a se ver de uma forma mais vulnerável". Carolina continua em tratamento e está otimista: "O quanto antes você recebe o diagnóstico mais fácil conseguir superar a doença".

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