"Qualquer pessoa tem direito a ampla defesa", diz Pimenta sobre Juscelino
Ministro de Comunicação Social da Presidência deu entrevista para o SBT Agro durante a Expointer 2023
Raissa Lomonte
Em entrevista ao SBT Agro, durante visita ao Expointer 2023, em Esteio, no Rio Grande do Sul, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, comentou o impacto político da Operação Benesse, deflagrada nesta 6ª feira (1.set) pela Polícia Federal (PF).
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Um dos alvos da ação policial é Luanna Bringel Rezende Alves, irmã do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e prefeita de Vitorino Freire, no Maranhão. A investigação apura supostos desvios de verbas federais e fraudes em licitações na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
A prefeita foi afastada do cargo por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Filho é investigado na ação, mas não foi alvo da Benesse.
Ao SBT Agro, Paulo Pimenta afirmou que o assunto "não é uma questão de governo". "Em primeiro lugar porque ele não é investigado. Em segundo lugar porque diz respeito a investigações sobre eventuais usos de emendas parlamentares e com relação a isso eu sou muito tranquilo", completou.
"Eu acho que qualquer pessoa que for denunciada tem que ter amplo direito de defesa. E as autoridades devem no momento oportuno concluir se as denúncias são adequadas ou não. É o que está escrito lá na Constituição", afirmou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.
Paulo Pimenta citou as investigações envolvendo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. "Aqui na Expointer mesmo eu dei várias entrevistas e as pessoas diziam pra mim: o que que o senhor tem pra dizer sobre essa história das joias do Bolsonaro da Michele Bolsonaro? Falo que não tem nada a dizer, em primeiro lugar porque é um assunto de polícia, um assunto do poder judiciário, não é um assunto de governo. Segundo, eles devem ter oportunidade de se defender. E lá num determinado momento, a justiça vai julgar", argumentou.