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Brasil

IBGE constata que pobreza caiu pela metade, mas desigualdades se mantêm

Estudo foi feito em período anterior à pandemia e desconsidera os problemas provocados por ela

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Imagem mostra recenseador do IBSE
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Um novo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta 6ª feira (25.ago), revelou uma significativa queda da pobreza considerando dados dos biênios 2008-2009 e 2017-2018. Na comparação entre os períodos, o chamado "grau de pobreza multidimensional", que engloba diversos aspectos de qualidade de vida, caiu pela metade. Passou de 44,2% para 22,3%.

"Diferentes aspectos são observados quando estamos falando de privações da qualidade de vida. Por exemplo, observa-se se uma família tem um banheiro exclusivo. Se ela não tem, isso é contabilizado. Observa-se se há pouco espaço no domicílio, se existe violência na área onde se vive. Uma pessoa pode estar privada na educação e na saúde, outra pessoa pode estar privada na educação, na saúde e na moradia de forma muito intensa. Para ela ser considerada multidimensionalmente pobre, ela precisa estar privada em diferentes dimensões. E é isso que o índice irá representar", explica o coordenador da pesquisa, Leonardo Oliveira.

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O estudo analisa indicadores que vão além da renda das famílias, como acesso à saúde, educação, saneamento básico, segurança e moradia. Os dados mais recentes da pesquisa foram colhidos cinco anos atrás, período pré-pandemia, e não englobam problemas que influenciaram diretamente a qualidade de vida dos brasileiros. 

O coordenador da pesquisa no IBGE explica que, mesmo assim, nem todos os avanços foram perdidos. "Todas as melhoras que vieram da infraestrutura, como, por exemplo: melhora em saneamento, melhora do escoamento do esgoto, isso tudo, por exemplo, influencia o índice e faz com que a pobreza multidimensional baixe e a pandemia não eliminou isso", afirmou Leonardo Oliveira.

Outro dado que chama atenção no estudo é que, entre grupos tradicionalmente excluídos no país, como a população rural, regiões norte e nordeste, os pretos e pardos e as pessoas com menor grau de instrução, a queda no índice de pobreza foi menos expressiva, o que revela a permanência das desigualdades.

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