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"Está superado", diz Rui Costa sobre declaração de Haddad

Na segunda-feira, ministro da Fazenda disse que Câmara está "com muitos poderes"

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A declaração do ministro Fernando Haddad sobre a concentração de poder da Câmara está superada na avaliação do ministro da Casa Civil, Rui Costa. A fala do titular da Fazenda gerou incômodo entre deputados e, publicamente, foi interpretada por Arthur Lira como "inapropriada" e um "relaxamento excessivo". Em entrevista ao SBT News, o ministro Rui Costa naturalizou o episódio: "evidente que no momento do puxa estica, cada palavra é muito valorizada para servir de elemento do puxa estica. Isso é natural da política. Mas esse assunto está superado. 

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Rui avalia que a expectativa agora é pelo anúncio da decisão do presidente Lula sobre as mudanças na configuração da Esplanada dos Ministérios. A intenção de Lula é fazer substituições até esta sexta-feira. "O tempo é do presidente. O que eu posso dizer é que ele está determinado. O quanto antes eu tomar essa decisão. Ele está, de forma intensa, ouvindo pessoas e refletindo. Eu diria que está próximo a ele tomar essa decisão", afirma.

As falas de Haddad provocaram reações imediatas nos debates sobre o arcabouço fiscal na Câmara e discussões sobre o tema foram adiadas por duas vezes. Uma nova reunião foi marcada para a próxima segunda-feira, com líderes partidários, o relator da matéria, deputado Cláudio Cajado (PP/BA) e técnicos da Fazenda. O governo, no entanto, mantém a confiança na votação, projetada pelo presidente da Câmara para 3ª feira que vem (22.ago). 

Entre as polêmicas sobre o mérito do texto, está a alteração feita pelo Senado no período do cálculo da inflação a ser levada em consideração no arcabouço fiscal. O desejo do governo é manter isso, mas o próprio relator da Câmara pressiona para rever todos os pontos que foram mudados pelos senadores e voltar ao texto original. Rui Costa explica que a regra estabelecida pelo Senado fazem com o que o governo ganhe tempo: "ela apenas permite que o governo planeje os investimentos. Ela não garante esses recursos. O recurso estará garantido ano que vem com o envio de um PLN ao Congresso Nacional, ou seja, é uma autorização para que o governo possa adotar as medidas para fazer as escolas, as creches, os hospitais, as obras de estradas e de aeroportos. Ou seja, você pode autorizar, programar, pode organizar licitação, podem publicar licitação, mas não podem pagar nem contratar, só com o PLN do ano que vem. Foi assim que o Senado votou. E é assim que nós estamos pedindo que a Câmara mantenha".

Confira a entrevista completa:

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