Dia do Pão de Queijo celebra sabor que nasceu em Minas Gerais
Iguaria, que teria surgido no século XVIII, atravessou fronteiras e hoje é exportada para dezenas de países
Mônica Catta Prêta
Uma mistura de polvilho, ovo, óleo, leite, uma pitadinha de sal e queijo. Muito queijo. Não importa a receita, o fato é que o bolinho que nasceu nas fazendas mineiras conquistou um lugar definitivo no coração dos brasileiros. Hoje, o pão de queijo é exportado para mais de 50 países e por aqui ganhou um dia para chamar de seu, esse 17 de agosto.
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A origem do produto é incerta. Mas, segundo alguns pesquisadores, vem do século XVIII, desde o período da escravidão e se confunde com o Ciclo do Ouro em Minas Gerais. Nessa época era servido para os donos das terras café e pão. Porém, a farinha disponível não era de boa qualidade, e o resultado nem sempre era o esperado. Por isso, as cozinheiras de então começaram a usar o polvilho, produzido a partir da mandioca -- item fundamental na alimentação dos indígenas e muito comum. Para que a receita ficasse ainda mais saborosa, acrescentavam sobras de queijo duro e ressecado, além de ovos e leite. Depois, essa massa era enrolada e levada ao forno à lenha.
Ao longo dos anos, a receita ganhou ajustes, permitindo o consumo de diferentes formas, do tradicional -- crocante por fora e macio por dentro -- aos recheados com doces, carnes e o que mais a imaginação preferir.
Versátil, o pão de queijo é servido desde o café da manhã aos coqueteis, festas e happy hours. Uma tradição e sabor que marcam a culinária do Brasil e conquistam cada dia novos fãs.
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