Anderson Torres defende trabalho de Silvinei Vasques durante CPI
Na Câmara Legislativa do DF, ex-ministro da Justiça fala sobre desbloqueios das estradas após eleição
Emanuelle Menezes
O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, defendeu, nesta 5ª feira (10.ago), o trabalho de Silvinei Vasques como diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
"Eles (a PRF) trabalharam dia e noite, sem parar, sem folga, para tentar desobstruir. Foram milhares de pontos de bloqueio [...] a PRF trabalhou para desobstruir", disse Anderson Torres.
Silvinei Vasques foi preso na 4ª feira (9.ago) por suspeita de interferência nas eleições. Ele também é investigado por omissão durante os bloqueios feitos por caminhoneiros e apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) nas rodovias do país, após a derrota do candidato no 2º turno.
Em seu discurso de apresentação, Torres afirmou que não determinou ou sugeriu qualquer operação que interferisse no pleito eleitoral. Ele citava as blitze feitas pela PRF, durante o 2º turno, no Nordeste do país, região em que Lula (PT) tinha ampla vantagem contra Bolsonaro.
"Fui questionado sobre uma suposta operação da Polícia Rodoviária Federal, cujo objetivo seria cercear o direito ou atrapalhar o exercício do voto, especialmente no Nordeste. Gostaria de esclarecer que nunca determinei, ou sugeri, ao diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, ou ainda a qualquer pessoa, que interferisse no processo eleitoral de modo a beneficiar qualquer um dos candidatos. Eu não tinha atribuição de vetar ou impor o planejamento operacional de qualquer instituição. Todas as informações que recebi no dia 30 de outubro indicavam que tudo estava transcorrendo normalmente", declarou ele.
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