Bolsonaro sobre Rolex: "Não vejo maldade em cotar preço"
Ex-presidente normalizou consulta e disse que negociações de relógio devem ser apuradas com Cid
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta 2ª feira (7.ago), não ver maldade em cotar o preço de um relógio de luxo, da marca Rolex. A declaração foi voltada para investigação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro que revelou negociação do tenente-coronel Mauro Cid em tentativa de vender um relógio presenteado a Bolsonaro durante viagem à Árabia Saudita.
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"Não vejo nenhuma maldade em você cotar o preço de alguma coisa. É natural", declarou Bolsonaro. O ex-presidente também disse que esclarecimentos a respeito de mensagens trocadas por Mauro Cid, à época braço-direito de Bolsonaro, deveriam ser levadas à defesa do tenente-coronel.
De acordo com troca de e-mail, divulgada pelo jornal O Globo, Cid conversou com outra ex-assessora de Bolsonaro a respeito do relógio, e relata a intenção em vender o item por 60 mil dólares - o equivalente a, aproximadamente, R$ 300 mil.
Pedras Preciosas
Bolsonaro também negou conhecer o homem que presenteou pedras em Minas Gerais, e disse que elas têm um valor médio de R$ 400. "Um advogado disse que as pedras que ele comprou valem 400 reais [...] Está em algum lugar, ninguém vai sumir com um negócio de 400 reais", disse.
A apuração do objeto é cobrada por parlamentares da base governista na CPMI de 8 de janeiro. Eles levaram, inclusive, pedido de investigação para o Tribunal de Contas da União e para a Procuradoria-Geral da República.