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Brasil

Sargento que tentou resgatar diamantes depositou R$ 17 mil na conta de Cid

Jairo Moreira da Silva fez depósitos em espécie para ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

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O primeiro-sargento da Marinha, Jairo Moreira da Silva, depositou, segundo relatório do Coaf que o SBT teve acesso, R$ 17 mil em espécie em uma das contas do tenente-coronel Mauro Cid entre fevereiro do ano passado e janeiro deste ano. 

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O militar é o mesmo que em dezembro foi até o aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, e tentou convencer um servidor da Receita Federal a liberar os diamantes que foram apreendidos e que seriam um presente do governo da Arábia Saudita para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. 

O Tribunal de Contas da União (TCU) diz que todos os presentes com valores de mais de R$ 100 devem fazer parte do acervo público da presidência da República, portanto, a operação de resgate organizada pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro não deveria ter sido finalizada.

A última viagem que Jairo Moreira da Silva fez como integrante da ajudância de ordens de Bolsonaro foi para resgatar as joias. Toda a ação do primeiro-sargento foi gravada pelas câmeras do escritório da Receita Federal, em Guarulhos.

O militar apareceu no relatório de comunicações feitos pelo COAF porque está entre as pessoas que fez depósitos em dinheiro para Mauro Cid o que indica, segundo a fiscalização de movimentação financeira, uma tática para lavagem de dinheiro. 

Durante a ação do militar, o primeiro-sargento tentou fazer com que o servidor da Receita conversasse por telefone com o tenente-coronel Cid. No entanto, o funcionário disse que não poderia ter a conversa porque o protocolo da Receita Federal não permite. O militar voltou para Brasília sem os diamantes que agora fazem parte do acervo da Presidência da República. 

A defesa de Mauro Cid informou em nota que não poderá se manifestar porque não teve acesso ao material que está com a CPMI dos atos do dia 08 de janeiro incluindo esse relatório do Coaf. O advogado Bernardo Fenelon fez novo pedido para a presidência da comissão sobre o acesso aos dados sigilosos. O SBT News não conseguiu falar com o primeiro-sargento Jairo Moreira da Silva.

ERRAMOS: a primeira versão desta reportagem apresentava um valor de R$ 200 mil repassados pelo sargento para Mauro Cid. A informação foi devidamente corrigida.

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