Morre, aos 80 anos, a cantora Leny Andrade
Informação foi confirmada nas redes sociais da artista, conhecida como "cantora dos músicos"
Emanuelle Menezes
A cantora Leny Andrade, de 80 anos, morreu na manhã desta 2ª feira (24.jul), no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada nas redes sociais da artista, conhecida como "a cantora dos músicos".
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Leny estava internada desde 12 de junho no CTI do Hospital das Clínicas de Jacarepaguá, com um quadro de insuficiência respiratória causado por broncoaspiração. Exames constataram que ela estava com uma pneumonia.
"A diva do Jazz Brasileiro, Leny Andrade, foi improvisar no palco eterno. Leny faleceu nessa manhã, cercada de muito amor. As informações do velório serão divulgadas em breve. A voz de Leny Andrade é eterna!", dizia a legenda da foto publicada no Instagram da artista.
A cantora e pianista Leny Andrade, nascida em 1943 no Rio de Janeiro, é um dos símbolos da MPB e do jazz brasileiro.
Ganhadora do Grammy Latino em 2007 juntamente com Cesár Camargo Mariano, é considerada por muitos como uma das maiores cantoras do jazz e já dividiu palcos e discos com grandes nomes como: Paquito D?Rivera, Luiz Eça, Dick Farney, João Donato, Eumir Deodato e Francis Hime.
A lenda do jazz norte-americano Tony Bennett, que morreu na última 6ª feira (21.jul), era um fã declarado de Leny. O cantor esteve nas plateias de vários shows que a brasileira fez em casas de Nova York (EUA).
Aprendeu a tocar piano com sua mãe, e o gosto pela música começou desde cedo. Passou a se apresentar profissionalmente aos 15 anos, sendo uma das poucas crooners daquela época.
Sua carreira discográfica começou no movimento da Bossa Nova e o reconhecimento internacional foi inevitável. Leny Andrade fez vários shows musicais como "Rio, Bossa e Balanço" e "Gemini V", com grande sucesso principalmente no México. Três discos foram gravados com o show "Gemini V"- dois no Brasil e um no México.
Morou no México por cinco anos, onde se apresentou por todo o país, tornando-se a mais popular cantora das paradas de sucesso.
De volta ao Brasil, recebeu do público e da crítica brasileira o título de "melhor cantora de jazz" do país. Foi também considerada como "cantora musicista" pela sua incrível habilidade de improvisação.
