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Brasil

Dia Mundial do Rock: como a política influenciou o gênero no Brasil

Geração de músicos da capital federal mudou os rumos do rock nacional no auge da ditadura

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Plebe Rude
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Com suas letras críticas e permeadas de mensagens sociais, o rock é quase indissociável da política. Mais ainda aquele feito na capital federal, no auge da ditadura militar. Neste Dia Mundial do Rock, o vocalista e fundador da Plebe Rude, Philippe Seabra, falou ao programa Poder Expresso sobre a influência do poder nas canções do grupo.

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"Por ter crescido em Brasília, não tem como não afetar. Enquanto os Paralamas estavam cantando Vital e sua moto e os Titãs, Sonífera ilha, aqui a gente estava com Que país é esse, proteção... Música urbana. Estava no nosso DNA. Das duas uma: ou você cruza os braços e simplesmente assiste o trem descarrilhar ou você tenta fazer alguma coisa com as armas que tinha. E era o que nós tínhamos", contou.

Seabra ainda afirma que a geração brasiliense, apelidada, segundo ele, de "tchurma" por Renato Russo, que inclui ainda a Legião Urbana e o Capital Inicial, entre outros, teve contribuição decisiva para o rock brasileiro: "O rock de Brasília deu uma lucidez, uma inteligência para o rock dos anos 80, que não tinha".

Dessa forma, a política -- incluindo a repressão da ditadura -- foi fundamental para o gênero no Brasil. "Se não fosse o som de Brasília, o rock brasileiro seria bem diferente e obviamente parte dessa equação é essa aproximação do poder", afirmou. "Essas letras não vêm de um vácuo e aí que a educação, a lucidez, o embasamento, acho que esse foi o diferencial do rock de Brasília e infelizmente a repressão faz parte", arrematou.

Assista à íntegra da entrevista (a partir de 47min22seg): 

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