Voa, Brasil: primeira fase de programa de passagens aéreas vai contemplar aposentados
Limite será de quatro passagens por CPF. Projeto deve estrear no fim de agosto

SBT News
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, detalhou o programa Voa, Brasil, que promete passagens aéreas de até R$ 200, em entrevista à jornalista Paola Cuenca, do SBT. O projeto deve ser lançado no fim de agosto e, na primeira fase, vai contemplar somente aposentados e pensionistas. Mais adiante, será ampliado para outros públicos.
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Voa, Brasil: limite de quatro passagens por CPF
De acordo com França, a plataforma vai funcionar por meio de um site na internet. Na primeira etapa do cadastro, está apto a comprar quem não fez nenhuma viagem aérea nos últimos doze meses.
Depois, aposentados e pensionistas entram com CPF no sistema para ter acesso às passagens. Não haverá restrição baseada na renda dos interessados. E o limite será de quatro passagens por CPF.
As datas das passagens devem se concentrar nos meses de baixa temporada, segundo o ministro: março, abril, maio, uma parte de junho, agosto, setembro, outubro e novembro. "Os aviões voam com 21% a menos de passageiros [nesses meses]. Nós pretendemos preencher esse assentos. A gente está estimando que essa primeira fase possa chegar a 5% dos 21%", explicou França.
A estimativa do ministro é de 250 mil trechos a mais por mês e 120 mil pessoas a mais voando. Para dar conta da demanda, serão inaugurados 100 aeroportos regionais. "Na verdade, não são construções, mas adaptações e instalações de equipamentos. Vamos começar com 28, já estamos fazendo. Esses aeroportos regionais vão permitir uma malha regional de voo. Vai permitir, por exemplo, em um estado grande como Goiás, que a pessoa se desloque dentro do estado", detalhou.
Empresas low cost
Na entrevista, França também falou sobre a chegada de empresas low cost (baixo custo) ao Brasil. A previsão do ministro é de que elas comecem a operar no país ainda em 2023.
"A low costa só voa com acima de 95% de ocupação e, normalmente, com 100%. A passagem realmente sai muito mais barata porque voa sempre na plenitude da ocupação. Diria que assim, na média, fica 50% do valor das outras passagens", complementou o ministro.