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Professora grita e humilha crianças em escola de Guará no Distrito Federal

Alunos com autismo eram maltratados dentro da sala de aula; docente foi afastada

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A Polícia Civil de Guará, no Distrito Federal abriu inquérito nesta 4ª feira (5.jul), para apurar as denúncias feitas contra uma professora que gritava e humilhava alunos portadores do espectro autista. Áudios da docente maltratando as crianças foram entregues à polícia civil e à Secretaria de Educação do Guará, no Distrito Federal, onde fica a Escola Municipal Classe 8. 

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A gravação foi feita pela mãe de um dos estudantes. Um tablet foi colocado na mochila do menino e captou tudo o que acontecia na sala de aula. Pela gravação dá pra ouvir os berros da professora com os alunos. Em um deles ela grita "Chega, chega! Tira a mão daí, tira a mão daí! Para com isso!..." e continua  "...Não é pra fazer isso! Não é gato pra ficar se lambendo, é menino. É gato? Não pega o que não é seu. Não pega o que não é seu".

A mulher que gravou os áudios disse que as atitudes do filho denunciaram que alguma coisa acontecia na escola, ela conta que o menino se automutilava, não queria mais ir à aula e quando ouvia o barulho do ônibus escolar entrava em crise de pânico.

O filho dela não foi a única vítima da professora, várias crianças também com autismo eram humilhadas. Um estudante que tem dificuldades pra falar era repreendido sempre que precisava dizer alguma coisa. A professora aos gritos dizia para ele falar direito e perguntava se ele estava morto. Outro aluno foi ameaçado se mexesse com um colega de classe.

 A professora não será a única investigada, uma auxiliar que ficava na sala, viu tudo e não denunciou os maus-tratos e pode responder pelo crime de omissão. O delegado que investiga o caso, Anderson Espíndola, disse que espera encaminhar os fatos o mais depressa possível à justiça. 

 A comissão de direitos da pessoa com autismo da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal, disse que acompanhará de perto para que a professora seja responsabilizada.

A secretaria de Educação do Distrito Federal confirmou que recebeu a Denúncia e afastou a professora da sala de aula. A professora não foi encontrada para falar sobre os maus-tratos.

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