Antonio Junião, da Ponte, destaca o uso da tecnologia no jornalismo investigativo
Ele mediou a palestra da jornalista de dados Ilica Mahajan, do The Marshall Project, no 18º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo
SBT News
No 18º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), um dos destaques é a palestra "Jornalismo investigativo sobre direitos humanos: oportunidades, riscos e novas tecnologias", de Ilica Mahajan, jornalista de dados do The Marshall Project. A sessão contará com a mediação de Antonio Junião, da Ponte Jornalismo, e Ana Aranha, editora da Repórter Brasil.
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O The Marshall Project é uma organização jornalística sem fins lucrativos conhecida por seu trabalho focado em assuntos relacionados à justiça criminal nos Estados Unidos. Em 2022, o projeto "Testify", liderado por Mahajan, revelou dados alarmantes sobre padrões racistas presentes nas condenações de tribunais do estado de Ohio. A análise de dezenas de milhares de arquivos mostrou que 75% dos condenados na região eram pretos e pardos.
Ao SBT News, Junião comentou sobre sua participação como mediador da palestra: "Estou lá porque a Ponte Jornalismo também trabalha com segurança pública, e a gente tem trabalhos muito parecidos com o The Marshall Project, que é trabalhar com direitos humanos, justiça, segurança pública, a questão do encarceramento em massa e como ele é feito baseado nas questões ligadas a racismo e gênero".
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A Ponte Jornalismo também é uma organização sem fins lucrativos dedicada a ampliar o debate sobre os direitos humanos através do jornalismo, buscando dar voz às comunidades marginalizadas e combater as opressões sociais.
A palestra explora a intersecção entre jornalismo investigativo e tecnologia, abordando o papel dos dados no combate às violações de direitos humanos. O diretor de Projetos e Sustentabilidade da mídia independente ressalta a importância dessa abordagem, que também é usada pela Ponte.
"O jornalismo junto com a ciência produz informação mais confiável. Então é um diálogo necessário. A gente entendeu que, para falar de problemas estruturais, a gente precisa entender quem está discutindo os problemas de forma estruturante, quem está indo a fundo nos problemas, porque só assim a gente consegue estabelecer um diálogo e informar de uma maneira que seja propositiva", afirma Junião
Veja a entrevista completa: