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"Ainda acredito na minha instituição, no meu Exército", diz ex-GSI

Gonçalves Dias presta depoimento na CPI dos atos antidemocráticos na Câmara do Distrito Federal

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Foto: Reprodução
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O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marco Edson Gonçalves Dias, defendeu o Exército ao ser questionado sobre a permanência de militares da gestão Jair Bolsonaro no GSI, antes do dia 8 de janeiro. Dias compareceu como testemunha na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que investiga os ataques em Brasília, nesta 5ª feira (22.jun).

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"Ainda acredito na minha instituição, no meu Exército. Nós somos uma instituição de Estado, não de governo. E eu sempre acreditei nisso. E, mais uma vez, errado ou não, eu acreditei", disse G. Dias. Ele foi indagado pelo relator da CPI, deputado Hermeto (MDB), que considerou "estranho" a permanência do secretário-executivo, general Carlos José Penteado, no GSI, na primeira semana do governo Lula.

Pentado ocupava o mesmo cargo na gestão do ex-ministro Augusto Heleno, durante o governo de Jair Bolsonaro.  De acordo com o ex-chefe do GSI, Penteado foi exonerado logo depois. "Se houve falhas, vamos cobrí-las. E eu assumo", disse o ex-GSI. 

Além disso, Dias confirmou que somente 35% do efetivo anterior foi trocado e disse que era preciso ter continuidade no começo do governo. "Praticamente assumi a equipe antiga, principalmente o secretário-executivo", relatou. O general também destacou que não houve transição entre a gestão anterior de Augusto Heleno para o novo governo. "Não tive contato com o general Heleno. Não houve transição nenhuma", completou.

Acompanhe a transmissão do depoimento ao vivo.

O general também disse que um bloqueio que deveria ter sido feito pela polícia do Distrito Federal para impedir o acesso à Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro não foi montado. Ele relata que o general Penteado não soube responder o motivo da falta de bloqueio e que, mais cedo naquele dia, o então secretário-executivo havia dito que "estava tudo tranquilo". 

Gonçalves Dias foi indicado pelo presidente Lula para integrar o governo, mas pediu exoneração após a divulgação de imagens que o mostravam circulando pelo Palácio do Planalto em meio às invasões bolsonaristas.

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