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Brasil

Alertas de garimpo ilegal zeram na Terra Yanomami pela primeira vez em 3 anos

Devastação da Floresta Amazônica também diminuiu nos 5 primeiros meses do ano, em comparação com 2022

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garimpo ilegal na amazônia
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Os alertas de garimpo ilegal zeraram na Terra Yanomami, pela primeira vez, em 3 anos, segundo a Polícia Federal. A devastação da Floresta Amazônica também diminuiu nos 5 primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022.

Entre janeiro e maio de 2023, a Amazônia perdeu uma área equivalente à cidade de São Paulo, 1.542 km². Mas, na comparação com o mesmo período do ano passado, houve queda de 54% no índice de devastação medido pelo Instituto da Amazônia.

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De acordo com a pesquisa, os dados são resultado da intensificação do combate a crimes ambientais, como o garimpo ilegal.

Um levantamento do Instituto Escolhas, que realiza pesquisas sobre desenvolvimento sustentável no país, estima que uma área de garimpo na Amazônia gera um lucro médio de R$ 1 milhão, mas deixa também um rastro de destruição e pobreza, que abre caminho para crimes como o tráfico de drogas.

"As facções viram a oportunidade de estar nesses locais, porque a moeda que corre é o outro, então, é muito mais vantajoso. Já se indica, em alguns territórios, de compartilhamento de rotas, de pistas de avião, para que a droga seja transportada e que, muitas vezes, passe pelo garimpo, e seja então exportada, normalmente, para fora do país", explica a pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Betina Barros.

Na terra indígena Yanomami, que tem recebido operações das forças de segurança, desde o início do ano, o monitoramento por satélite da Polícia Federal identificou que o território está, há mais de 30 dias, sem novas áreas de garimpo ilegal. No entanto, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública alerta para a importância da permanência da presença do Estado na região. 

"O garimpo ter zerado pode significar que tenha acabado as atividades, mas a gente tem informação de que continuam pessoas ali dentro daquela região, garimpeiros e, inclusive, pessoas vinculadas a facções criminosas. Se a gente não conseguir gerar novas alternativas econômicas, essas pessoas tendem a voltar ou a pressionar a volta, e pode haver conflito, por exemplo", pondera o pesquisador da Universidade Federal de Roraima, Rodrigo Chagas.

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