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Pesquisa aponta que 25% dos celulares vendidos no Brasil são irregulares

Na maior parte dos casos, os aparelhos são frutos de contrabando, segundo um estudo da Associação Brasileira da Indústria Eletro Eletrônica

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celular | Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Pelo menos 25% dos celulares vendidos no Brasil são irregulares. Na maior parte dos casos, os aparelhos são frutos de contrabando, segundo um estudo da Associação Brasileira da Indústria Eletro Eletrônica.

A pesquisa informou que em 2023, 6,2 milhões de smartphones foram vendidos no mercado paralelo. No ano anterior, os celulares irregulares correspondiam a 10% do mercado.

Ao SBT, a jornalista Aline Thais de Melo conta que teve problemas ao comprar um celular de uma loja hospedada no site da Amazon. “O aparelho superaqueceu e uns quatro, cinco dias depois, ele começou a desligar sozinho”, conta ela, que entrou em contato com o vendedor e foi informada que mesmo apenas sete meses depois da compra, o aparelho estava fora da garantia.

Ela conta que também procurou a loja autorizada, Xiaomi, e não teve auxílio da fabricante. “Eles me perguntaram se eu comprei com eles, naquela mesma loja, e como não tinha comprado, disseram que eu não tinha assistência”, revela ela, que conta que voltou a usar o celular velho, porque continua pagando pelo novo que não funciona.

Segundo a Abinee, a estimativa é que 90% do total de smartphones contrabandeados no Brasil sejam comercializados em marketplaces, como o Mercado Livre e a Amazon.

A associação atribuiu a alta expressiva em 2023 à mudança nos hábitos de consumo pós-pandemia, quando o brasileiro passou a fazer mais compras on-line.

Equipamentos irregulares podem ser adquiridos por um valor 38% abaixo do praticado no mercado oficial e não pagam impostos. “A nossa estimativa é que, só no ano de 2023, nós chegamos a uma perda de 4 bilhões de reais, que deixaram de ser arrecadados”, revela o presidente da Abinee, Humberto Barbato.

Segundo Barbato, a fiscalização é insuficiente e o “consumidor é o maior prejudicado”, pois não recebe garantias, nem assistência técnica do equipamento. “Nossas autoridades precisam tomar uma medida mais drástica”, complementa.

Agora, os fabricantes querem que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) obrigue os marketplaces a colocar no anúncio do site o EAN, código universal dos produtos, que aparece na caixa. Os fabricados ou montados no Brasil começam por 789 ou 790.

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