Mais de 500 crianças morreram desde o início da guerra na Ucrânia, diz ONU
Maioria dos óbitos foi causada por armas explosivas com efeitos de área ampla
Camila Stucaluc
Um balanço da Missão de Monitoramento de Direitos Humanos das Nações Unidas na Ucrânia apontou que, desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, quase 9 mil civis morreram devido aos confrontos, incluindo 525 crianças. O número de feridos, por sua vez, chega a 15 mil, sendo 1,5 mil vítimas infantis.
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Segundo a entidade, 87% das baixas foram causadas por armas explosivas com efeitos de área ampla, incluindo artilharia, mísseis e munições ociosas. As mortes ocorreram tanto em áreas controladas pelo governo ucraniano quanto nos locais ocupados pela Rússia, sendo que muitos dos óbitos foram procedentes de ataques aéreos.
Apesar do alto número, a ONU afirma que a quantidade real de óbitos e feridos pode ser muito maior, uma vez que não há como monitorar as áreas onde os combates estão mais intensos. O cenário envolve, sobretudo, as cidades de Mariupol, Lysychansk, Popasna e Bakhmut, onde há alegações de numerosas vítimas civis.
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A chefe da ONU na Ucrânia, Denise Brown, afirmou estar "chocada e triste" com a situação e expressou solidariedade às famílias das vítimas. Ela informou ainda que a entidade está seriamente preocupada e acompanhando de perto os relatórios de crianças ucranianas que foram transferidas à força para a Rússia - fato que já resultou em um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin.