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Adoção de embriões é opção para quem sonha em ser mãe

Por pular a fertilização, esse procedimento tem custo 60% menor que o tratamento completo

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A infertilidade é uma barreira para quem sonha em ser mãe. Contudo, o avanço da medicina trouxe alternativas, como a adoção de embriões. Por pular a etapa da fertilização, esse tipo de procedimento tem um custo 60% menor que o tratamento completo para engravidar.

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Por incrível que pareça, há traços semelhantes entre as gêmeas, de 1 ano e 4 meses, e a mãe. A surpresa é porque as meninas nasceram da barriga da autônoma Adriana Abdo Isaac, mas foram geradas a partir de embriões doados, uma prática legal no Brasil. "Eu gerei, eu alimentei, eu dei o meu sangue, eu dei o meu ar, nasceram de mim. [...] Se não tivesse essa possibilidade, eu não ia ser mãe", conta.

Muitos casais que fazem fertilização in vitro não chegam a usar todos os embriões que, depois de um tempo, são descartados ou doados a outras pessoas que desejam ser pais.

"A doação tem que ser anônima, você nunca vai conhecer a pessoa que doou pra você e você não tem direito a buscar a identidade. [...] Nunca vi se arrepender de doar, já vi se arrepender de descartar", afirma o ginecologista e obstetra Ricardo Luba.

Podem ir para doação embriões formados com óvulos de mulheres de até 37 anos e espermatozoides de homens com até 45. Para quem recebe, fica em torno de 60% mais barato do que se fizer o processo completo de fertilização. Ainda assim, surgem dilemas: a mulher que vai gerar ou o casal pode pensar 'mas a criança não vai receber os meus genes'. Para essa questão, é bom que se lembre que genética não garante um vínculo de amor.

A medicina reprodutiva ainda não é acessível a todos no país. Para quem não pode pagar, a adoção de crianças e adolescentes é uma alternativa. Só no estado de São Paulo, 1.034 menores estão aptos a serem adotados e ganharem uma família.

"A adoção é absolutamente gratuita. [...] O que existe é uma preparação, um cuidado que as varas da infância e juventude tomam pra que aquela criança que vai ser colocada numa família substituta seja bem cuidada, seja bem tratada", explica Reinaldo Cintra, coordenador da Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça.

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