Rio Grande do Sul enfrenta um dos piores períodos de seca da história
Estiagem atinge quase 80% do território gaúcho e vem mudando a rotina de moradores

Luciane Kohlmann
O Rio Grande do Sul enfrenta um dos piores períodos de seca da história. A estiagem, que atinge quase 80% do território gaúcho, vem mudando a rotina de moradores e o funcionamento de comércio e serviços.
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No município de Bagé, um dos mais afetados, o volume de água nas barragens é suficiente para apenas 25 dias.
"A gente está torcendo que essa chuva continue. Por mais fraca que esteja, ela já ajuda. A gente aproveita a água da chuva pra juntar pra descarga", afirma a dona de Casa Vitória de Souza Barcelos.
O abastecimento onde a Vitória mora é das 18h à 0h. O pouco que vem dos canos é usado pra lavar a louça ou reservado em galões para cozinhar. Há meses, o banho é de balde.
Com 120 mil habitantes, Bagé é um dos quase 392 municípios gaúchos que enfrentam a estiagem desde o ano passado. Na 3ª feira (2.MAI), o racionamento no município passou para 18 horas por dia, o que não acontecia há 17 anos.
O principal reservatório do município é a barragem Sanga Rasa, com capacidade para 2,5 bilhões de litros. O nível está quase 10 metros abaixo do normal.
"A gente tem poços artesianos, mas ele não nos dá o volume necessário que seria pra abastecimento da cidade, e não temos rios grandes aqui, rios de expressão, que possam nos dar esse suporte", afirma Franco Alves, diretor do Departamento de Água de Bagé.
Duas barragens emergenciais foram acionadas e uma nova está em construção. "Acreditamos que a partir do ano que vem ela já dê um suporte para armazenamento de água", diz Franco.
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