Mãe e filha estão entre desaparecidas após desabamento de prédio em Olinda
Três pessoas no incidente; edifício estava interditado desde o ano 2000
Beatriz Albuquerque
O desabamento de um prédio em Olinda, região metropolitana do Recife, deixou pelo menos três mortos. Três mulheres ainda estão desaparecidas, entre elas, uma mãe e uma filha. As buscas já se aproximam das 24 horas. O edifício já havia sido condenado pela Defesa Civil há 23 anos, mas ainda era ocupado.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Outras cinco vítimas foram encontradas com vida. De acordo com a Defesa Civil, 11 moradores estavam no edifício no momento em que ele desabou, na noite de 5ª feira (28.abr). A Defesa Civil afirmou que a outra parte do prédio, que não caiu, deve ser demolida nos próximos dias.
Às 8h, um homem de 53 anos foi resgatado em meio aos destroços. Ele sofreu uma fratura na perna, mas estava consciente, passou por cirurgia e não corre risco de morrer. O morador foi encontrado 10 horas depois do desabamento.
Depois da queda, o prédio pegou fogo. Os bombeiros ainda não sabem o que causou o desabamento.
8 dos 16 apartamentos desabaram. O imóvel estava interditado desde o ano 2000 pela prefeitura de Olinda, já que apresentava problemas estruturais, como infiltrações e rachaduras. Apesar dos riscos, o prédio foi invadido e teve apartamentos alugados para outros moradores.
"Ninguém quer morar dentro de uma invasão, não, as pessoas moram em invasão por questão de necessidade, o custo de vida está caro. Ninguém tem R$ 500 ou R$ 800 livres pra pagar num aluguel, não. As pessoas hoje ou comem, ou vão pagar um aluguel, e muita gente aí não tem sequer o que comer", diz Luana Vitória, irmã de uma das vítimas.
A Defesa Civil disse não saber que o edifício havia sido reocupado.
As três pessoas que morreram são: Rodolfo Henrique Pereira da Silva, de 32 anos, Maria José da Silva, de 52, e Heverton Benedito dos Santos, de 14 anos.
O corpo do adolescente foi enterrado na tarde desta 6ª feira (28.abr). O pai de dele havia morrido em uma enchente, também em Olinda, sete anos atrás.
Leia também: