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Brasil

Falta de semicondutores prejudica produção da Indústria no Brasil

Previsão é de que oferta e demanda pelos componentes só se normalizem a partir de 2024

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A falta de semicondutores, ou chips, tem prejudicado a produção da Indústria brasileira e, consequentemente, provocado desequilíbrio em vários setores da economia.

A chamada crise dos semicondutores começou durante a pandemia, com a paralisação de fábricas, principalmente, na Ásia, e o direcionamento da maior parte dos chips para a montagem de computadores, smartphones e sistemas de comunicação.

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O resultado foi uma redução significativa na oferta desses componentes para os demais segmentos, o que resultou na queda da produção industrial em países de todo o mundo.

Isso porque, sem esses componentes, nenhum sistema eletrônico funciona - já que é ele o responsável por conduzir a energia, dentro de um circuito, a cada comando. "Semicondutor vai em tudo. A tecnologia está embarcada em diversos produtos, desde uma roupa e um filtro d'água, até computadores mais avançados", explica o engenheiro e empresário Ricardo Helmlinger.

Uma fábrica da Grande São Paulo tem capacidade para produzir 2 mil placas eletrônicas por dia, mas está com as máquinas embrulhadas há 7 meses. O tempo de entrega e o custo da matéria-prima inviabilizam os negócios.

"Componentes de R$ 5 hoje, para eu receber no prazo que eu recebia antes, eu tenho que pagar R$ 80, R$ 100, que era 8 semanas. Hoje, para eu ter o mesmo preço, eu tenho que esperar 30 semanas", afirma o empresário.

O setor automotivo consome 11% de todos os semicondutores produzidos no mundo. No Brasil, a falta deles afetou as montadoras, que deixaram de fabricar 370 mil unidades em 2021, e 250 mil no ano passado. No primeiro trimestre deste ano, foram 5 mil a menos.

"A demanda, hoje, ainda é maior do que a capacidade produtiva e, pelo que se visualiza, até através desses números de fabricantes que existem no mundo, existe uma tendência para que somente essa situação se regularize, em sua plenitude, somente em 2024 ou 2025", conclui o coordenador de Cursos Automotivos da FGV, Antônio Jorge Martins.
 

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