Publicidade
Brasil

Governo Federal critica invasões de terra pelo Movimento Sem Terra

Executivo argumenta que reforma agrária só será retomada mediante desocupação de áreas invadidas

Imagem da noticia Governo Federal critica invasões de terra pelo Movimento Sem Terra
MST
• Atualizado em
Publicidade

O Governo Federal criticou, nesta 4ª feira (19.abr), as invasões de terra no país, promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST.

O Executivo argumenta estar trabalhando em um plano para retomada do programa de reforma agrária, porém, alerta que só avançará com as medidas se houver a desocupação das áreas invadidas.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

O MST promove, desde o início do mês, uma série de invasões a propriedades e terras no país, na mobilização batizada de "Abril Vermelho". Esta semana, o movimento publicou um chamado para o início da "Jornada Nacional de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária", o que intensificou as invasões, no último fim de semana.

Sedes do Incra, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, foram invadidas em Belo Horizonte, Fortaleza, Natal e São Luiz. Também houve invasões no Espírito Santo e em Pernambuco, onde uma área do Embrapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, foi ocupada.

Segundo o MST, essas áreas não cumprem a função social definida pela Constituição. O diretor nacional do movimento do Espírito Santo, Marco Carolino, defendeu a retomada da reforma agrária como solução para o problema.

"É um direito constitucional das famílias, das pessoas que queiram viver com a sua família no campo, de forma mais digna, mais ordeira, e é isso que nós aguardamos nesse próximo período", afirma Marco Carolino.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, condenou as invasões. "Não é a melhor forma de lutar por qualquer coisa. Eu condeno toda atitude que possa atrapalhar a produção. Temos outros instrumentos melhores e mais efetivos para as bandeiras que podem ser levantadas, para a conquista desses interesses", pondera Padilha.

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) pediu ao Supremo Tribunal Federal que proíba o MST de invadir propriedades rurais. "A nossa expectativa é que o Supremo Tribunal Federal, através do monitoramento que ele vai fazer - através das redes sociais, Whatsapp, Twitter - consiga monitorar e impedir que o produtor rural tenha esse direito de propriedade violado", observa o diretor jurídico da CNA, Rudy Ferraz.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também se manifestou contra as invasões. "Se deve condenar quem invade prédios públicos, se deve condenar quem invade terras públicas, como planos e espaços da própria Embrapa, de pesquisa invadida, pesquisas comprometidas", conclui o vice-presidente da FPA, Arnaldo Jardim.

Leia também:

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade