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Prefeitura de SP instala armadilhas contra o mosquito da dengue

É a primeira vez que o equipamento é utilizado em larga escala na capital paulista

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Aedes aegypti
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A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo começou a usar, pela primeira vez, em larga escala, armadilhas contra o mosquito da dengue. O equipamento, com tecnologia inovadora de combate ao Aedes aegypti, está sendo instalado em bairros da capital paulista com mais notificações da doença.

A armadilha tem o formato de um balde e reproduz um criadouro do mosquito. Primeiro, o agente coloca água limpa pela metade. Depois, ele instala uma redinha em uma armação, que fica boiando. O tecido tem dois larvicidas, que também são jogados na água.

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Pastilhas, posicionadas no fundo do recipiente, exalam um odor para atrair a fêmea do mosquito da dengue. A fêmea entra por uma fenda na armadilha e, lá dentro, fica em contato com os dois larvicidas. Um deles mata as larvas e contamina as patas da fêmea. A ideia é que, ao colocar os ovos em outros criadouros, ela contamine todos eles. O outro veneno serve para matar a própria fêmea, em um prazo de aproximadamente 10 dias.

"Não há nenhum risco para criança, para animal doméstico, para saúde das pessoas. O que a gente faz é colocar a armadilha fora do local que seja de acesso a crianças e animais domésticos para que esses não, inadvertidamente, derrubem a armadilha, e ela perca sua capacidade de funcionar e controlar o mosquito Aedes aegypti", explica o analista de saúde e biólogo Eduardo de Masi.

Vinte mil armadilhas serão espalhadas por toda a cidade de São Paulo até o fim do mês. Será uma a cada 400 metros quadrados. Somente a Prefeitura pode instalar o equipamento, que não está disponível para venda. A cada dois meses, os técnicos devem passar para repor os larvicidas.

Um desses equipamentos foi instalado na cada do Felipe. "Vou cuidar. É importante para acabar com a disseminação do mosquito", afirma o auxiliar de cozinha Felipe Carvalho.

Segundo dados do Ministério da Saúde, já foram notificados 592.453 casos de dengue em todo o país. Só na capital paulista, de 1º de janeiro a 14 de abril, foram 3.931 casos confirmados - 87% a mais do que no mesmo período de 2022.

Paulo Henrique, de 53 anos, teve dengue no começo do ano. Depois de contrair a doença pela segunda vez, com sintomas mais fortes, ele percebeu que era importante orientar os vizinhos sobre os cuidados para prevenir a proliferação do mosquito da dengue.

"Eu estou sempre cobrando o pessoal, vizinhos, até pessoas que eu não conheço, para manter o quintal limpo, evitar ao máximo jogar o lixo no chão. Esses lixos podem acumular água limpa, porque o mosquito gosta da água limpa", destaca o jornalista Paulo Henrique Rodrigues.
 

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