73% da população é contra garimpo em território Yanomami, diz Datafolha
Segundo pesquisa maioria acha que atividade é a principal responsável por mortes em território indígena
A maior parte da população brasileira rejeita o garimpo ilegal em terras indígenas e acha que a atividade é a principal responsável pela morte de pessoas no território Yanomami. As informações são da pesquisa Datafolha, divulgada nesta 6ª feira (7.abr), pelo jornal Folha de S. Paulo.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Segundo o levantamento, 73% dos entrevistados se posicionaram contra a permissão de mineração em território indígena, e 75% concordaram que a Justiça tem de punir empresários que se beneficiam da exploração. Mas 79% acham que os indígenas deveriam desenvolver atividades econômicas para não dependerem de recursos do governo.
A pesquisa do instituto, que avalia os três primeiros meses do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ouviu 2.028 pessoas maiores de 16 anos em 126 municípios entre os dias 29 e 30 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Apesar da maioria se posicionar contra o garimpo ilegal em terras indígenas, a porcentagem diminiuiu na comparação com uma pesquisa similar de 2019. Há quatro anos, o número de pessoas contrárias a essa exploração chegou a 86%, contra os 73% que hoje discordaram da afirmação. Agora, 24% são favoráveis, 2% não sabem e 1% não concorda e nem discorda.
A pesquisa revelou, no entanto, que ainda há certa discordância sobre o tema. 36% dos empresários acham que o governo deveria permitir atividade garimpeira em terras indígenas. Sobre o garimpo ser a principal causa de mortes de indígenas, eles se distanciam do total, e, apenas 49% concordam com a afirmação (no geral, 70% concordam).