Ataques violentos em escolas estão crescendo no Brasil desde 2022
Mais de um terço dos ataques das duas últimas décadas ocorreram do ano passado para cá
Simone Queiroz
Mais de um terço dos ataques a escolas registrados nas duas últimas décadas ocorreram do ano passado para cá. Muitos deles, motivados pelo bullying. Era para ser um local de ensino, respeito, camaradagem, mas nem sempre é assim. Ofensas e humilhações se tornaram rotina para estudantes.
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O SBT Brasil teve acesso a imagens que mostram cenas revoltantes da violência em uma escola pública de São Paulo. Duas meninas vão para o chão. Parece um ringue, no entorno, filmam, gritam, como se fossem torcedores e não colegas.
A escalada de violência nas escolas brasileiras não é lamentável, é assustadora, e mais evidente desde o ano passado. As redes sociais são uma vitrine para as brigas e agressões. As principais motivações são ciúme e um tipo de comportamento para o qual o inglês deu nome e nós, infelizmente, já entendemos muito bem: bullying.
Flávia Vivaldi, doutora em educação pela Unicamp, vê uma estreita relação entre o que acontece fora e entre os muros da escola: "a escalada dessa radicalização do discurso de ódio, essa banalização da violência muito propagada nas redes sociais, e no ano passado com tudo que aconteceu no nosso país, no período eleitoral, tudo isso fez com que a violência fosse naturalizada, e claro que a escola sofre o reflexo disso tudo".
De 2002, foram 22 ataques, sendo 7 entre agosto e dezembro do ano passado. Mais 2 em 2023, com uma morte, de uma professora, na última 2ª feira (27.mar), na zona oeste de São Paulo.
Para pacificar esse ambiente, os especialistas defendem diálogo entre professores, alunos, famílias que aponte necessidades e desafios a superar.
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