Greve no Metrô: SP mantém rodízio suspenso e decreta ponto facultativo
Paralisação afetou mais de 3 milhões de moradores; estações seguirão plano de contingência
Em meio à greve dos metroviários, a prefeitura de São Paulo decretou, nesta 6ª feira (24.mar), ponto facultativo nas repartições públicas da capital. As atividades essenciais, como Serviço Funerário, unidades de atendimento de Saúde e Assistência Social, rede municipal de ensino e Segurança Urbana, funcionarão normalmente.
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Também foi definido que o Rodízio Municipal de Veículos seguirá suspenso durante todo o dia. Continuam valendo apenas o rodízio de placas para veículos pesados (caminhões) e as demais restrições: Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF).
As medidas têm como objetivo conter o tumulto nas estações metroviárias. A paralisação do transporte começou às 00h de 5ª feira (23.mar), afetando as linhas 1-Azul (Jabaquara - Tucuruvi), 2-Verde (Vila Madalena - Vila Prudente), 3-Vermelha (Corinthians/Itaquera - Palmeiras/Barra Funda) e 15-Prata (Vila Prudente - Jardim Colonial).
*FUNCIONAMENTO METRÔ | 24/03*
? Metrô de São Paulo (@metrosp_oficial) March 24, 2023
A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) seguirá com plano de contingência para garantir o atendimento aos passageiros nesta sexta, 24, após o Sindicato dos Metroviários votar por dar sequência à paralisação da operação. ? pic.twitter.com/xp8rdesxkV
A categoria pede o pagamento do abono salarial e a contratação de novos funcionários por meio de concurso público, além de exigir o fim das terceirizações.
"O governo estadual e o metrô devem três PRs (Participação nos Resultados) aos metroviários, referentes aos anos de 2020, 2021 e 2022. Alegam não ter verbas para pagar essas pendências. No entanto, há dinheiro para patrocinar aumento de 50% para os salários do governador Tarcísio e seus secretários", afirmam os trabalhadores.
Em nota, o Metrô alegou que "aumentou os salários de seus funcionários em 20% nos últimos dois anos, enquanto o salário-mínimo teve aumento de 17%. A administração reforçou ainda que "tentou todas as formas de negociação" com a categoria e que "cumpre integralmente o acordo coletivo de trabalho e as leis trabalhistas".
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Para conter os impactos da paralisação, que afetou cerca de 3 milhões de pessoas no primeiro dia, o Metrô informou que irá funcionar com um plano de contingência. Por meio de liminar, a companhia garantiu o funcionamento de 80% do serviço nos horários de pico (entre 6h e 10h e 16h e 20h) e 60% nos demais períodos. Em caso de descumprimento, o Sindicato dos Metroviários pode receber multa de R$ 500 mil.