Clínica de estética é interditada após morte de paciente no Rio
Mulher teve intestino perfurado durante uma lipoaspiração; diretor do estabelecimento foi preso
Liane Borges
Uma clínica de estética foi interditada, na zona oeste do Rio de Janeiro, após a morte de uma paciente durante um procedimento. De acordo com a polícia, além da falta de documentação, o local também não possuía equipamentos para o pós-operatório. O diretor do estabelecimento, o colombiano Victor Vilabona Sanchez, foi preso em flagrante.
Na última 5ª feira (09.mar), a vítima, Lindama Benjamin Oliveira do Nascimento, de 59 anos, realizou uma lipoaspiração na barriga e nas costas, e recebeu um enxerto nos glúteos. No dia seguinte, ela enviou uma mensagem para a irmã, dizendo que estava com dificuldade para respirar.
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"Quando eu entrei no quarto, minha irmã estava completamente lavada de sangue, muito sangue, muito inchada, parecia que ia explodir", lembra a irmã de Lindama, Roselene Batista Jesus de Melo.
O cirurgião responsável pelo procedimento, Heriberto Ivan Arias Camacho, também da Colômbia, chamou uma ambulância, que só chegou 10 horas depois. Em imagens, ele aparece acompanhando a transferência de Lindama para um hospital, onde a paciente já chegou morta.
O laudo do Instituto Médico Legal indicou como causas a morte uma perfuração no intestino e hemorragia. A defesa do médico informou que ele fez de tudo para salvar a paciente.
O cirurgião plástico responde, atualmente, a 4 processos na Justiça por erro médico. Em 2014, ele já havia sido condenado a pagar quase R$ 70 mil de indenização, por danos morais e estéticos, a uma outra paciente, submetida a um procedimento nas mamas.
Lindama pagou R$ 16 mil pelos procedimentos e havia escolhido a clínica por indicação de uma amiga. Os parentes prestaram depoimento nesta 2ª feira (13.mar).
"A única palavra dela comigo foi 'ainda bem que você chegou'. Ela achou que eu ia ter tempo de fazer alguma coisa por ela. Mas, infelizmente, não deu mais tempo", lamenta a irmã da vítima.
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