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Brasil

Bolsonaro confirmou ter recebido pessoalmente "pacote 2" de presentes da Arábia

Itens como relógio, abotoaduras e anel ficaram por mais de um ano no cofre do Ministério de Minas e Energia

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Pacote 2 de joias
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu, em 29 de novembro do ano passado, no Palácio da Alvorada, o presente enviado pelo governo da Arábia Saudita, em outubro de 2021. É o que diz um documento que consta no inquérito aberto pela Polícia Federal para apurar o ingresso de bens de alto valor no país sem declaração para a Receita Federal. No formulário, que já está com a PFl, e que tem o brasão da presidência da República, consta todos os itens que Bolsonaro recebeu e também o nome de quem teria sido o intermediário, o ex-assessor do Ministério de Minas e Energia Antônio Carlos Mello. 

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O documento pergunta também se os itens foram visualizados pelo ex-presidente e a resposta foi sim. O formulário já está com a PF e foi revelado pelo jornal o Estado de São Paulo e confirmado pelo SBT News. 

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Formulário que cita itens visualizados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro 

A confirmação de que os itens estão com Bolsonaro acaba com o mistério sobre o destino dos objetos que ficaram por mais de 1 ano em um cofre no Ministério de Minas e Energia. Esse pacote passou pela fiscalização aduaneira, porque, conforme a Receita Federal, estava com um outro assessor de Bento Albuquerque e não o militar flagrado com as joias de diamantes que o governo da Arábia Saudita indicou como presente para Michelle Bolsonaro. Os diamantes seguem apreendidos na delegacia da Receita em Guarulhos. 

O ex-ministro de Minas e Energia confirmou que o assessor tentou ingressar com o pacote e na última nota divulgada pela assessoria de Bento Albuquerque o militar sustenta que cumpriu as normas estabelecidas pelo Tribunal de Contas da União. A defesa de Bolsonaro encaminhou nota em que sustenta que o ex-presidente cumpriu normas estabelecidas pelo Tribunal de Contas da União. No entanto, o acórdão de 2016 publica pelo TCU diz o contrário que joias ou relógios de alto valor não devem fazer parte do acervo pessoal de presidentes da República. O órgão de fiscalização sustenta que os presentes só foram encaminhados porque as autoridades estavam representando o governo brasileiro e portanto os itens devem ficar com a União.

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