Indústria cerâmica fará transição energética do gás natural para o metano
Setor fechou acordo com produtores de cana-de-açúcar, que produzem o combustível a partir da biomassa
Pablo Valler
Até 2030, 50% dos fornos das fábricas de cerâmica, no estado de São Paulo, utilizarão o metano como combustível. O que equivale a um milhão de metros cúbicos por dia. Hoje em dia, o gás natural é utilizado na totalidade.
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O acordo foi firmado entre os ceramistas e o setor sucroenergético, que gera o combustível a partir da biomassa da cana-de-açúcar. Assinaram o documento o Senai, a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer), Arranjo Produtivo Local do Álcool (APLA), Sindicato das Indústrias de Cerâmica - Criciúma (Sindiceram).
Após assinado, o projeto já entrou em implementação. Mas, a previsão de funcionamento operacional é para 2025. A princípio, a proporção será de 5% do consumo energético das indústrias participantes. Aumentando ano a ano até chegar aos 50%.
Para as indústrias cerâmicas, representa um importante passo na área energética, com ganhos econômicos e ambientais. "Será um enorme ganho sustentável, com diminuição da pegada de carbono. É o chamado Pré-Sal Caipira", disse entusiasmado o presidente do Conselho de Administração da Anfacer, Benjamin Ferreira Neto.
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