Haddad diz que Bolsonaro ignorou protocolos no caso das joias
Ministro da Fazenda diz que presente do governo Saudita deveria ser incorporado ao patrimônio da Presidência
SBT News
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta 2ª feira (6.mar) que a Presidência da República não adotou as ações cabíveis e que "alguma coisa estranha estava acontecendo" ao comentar a indicação feita por Jair Bolsonaro (PL) do ex-diretor da Receita Federal, envolvido na liberação frustrada das jóias recebidas do governo da Arábia Saudita pela família Bolsonaro.
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As jóias avaliadas em R$ 16,5 milhões seriam destinadas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Dadas em 2021, elas não foram declaradas na chegada ao Brasil pela comitiva brasileira. Os bens foram apreendidos pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
"Hoje, fica mais claro que alguma coisa estranha estava acontecendo que precisa ser apurada, investigada, e eventualmente os responsáveis punidos."
"Aquilo que é determinado pelo Tribunal de Contas da União, pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República, nada foi observado em relação às joias que constam desse dossiê estimadas em mais de R$ 16 milhões de valor. É uma coisa absolutamente fora, atípica. Ninguém ganha presente de R$ 16 milhões", Fernando Haddad, ministro da Fazenda.
Haddad afirmou que os procedimentos padrão para incorporação das joias ao patrimônio da Presidência não foram tomados. Para ele, os bens deveriam ir para o acervo dos presentes diplomáticos do Planalto.
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