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Eliziane Gama aponta erros da Comissão do Senado no Caso Yanomami

Senadora exige correção de rumos e investigação ampla; também repercute entrada de Damares Alves no grupo

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Eliziane Gama
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A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) criticou nesta 4ª feira (1.mar) a condução dos trabalhados da Comissão do Senado criada para acompanhar a crise Yanomami. Segundo a parlamentar faltou planejamento e ação do comando do grupo. 

"Eu acho que a comissão ela começou muito ruim. Primeiramente a forma muito apressada como se deu os processos. Você teve apresentação do requerimento em um dia e logo no dia seguinte você já teve a instalação. Não houve nenhum debate sobre o plano de trabalho, imediatamente o presidente da comissão visita a terra yanomami sem respeitar todo o regramento que temos hoje no Brasil e as portarias que foram estabelecidas de acesso a essa terra", afirmou a parlamentar.

As declarações foram dadas em entrevista ao SBT News. A senadora pediu providências sobre a visita do presidente da Comissão, senador Chico Rodrigues (PSB-RR), à terra indígena durante o Carnaval, sem prévia comunicação ao colegiado e sem autorização da Funai. 

"Se o objetivo dele era atropelar, que ia trabalhar na comissão de qualquer jeito, ele viu que não é bem assim. A gente é comissão e toma decisão de forma colegiada. Ninguém vai ganhar no grito", disse Eliziane.

Confira a íntegra da entrevista:

A terra indígena tem um protocolo próprio para o acesso à area, para garantir a segurança dos indígenas. "Ele vai sem nenhum senador, sem equipe técnica para assessorá-lo, para ter parecer técnico. O plano nem sequer foi apresentado. E eu, inclusive, pedi informações até sobre o custo de sua ida". E continua: "Se a comissão vem com o nome dos Yanomamis tem que ser na defesa desses povos, e não na defesa de quem está invadindo as terras indígenas para fazer mineração ilegal. Senão, será uma comissão que não agregará e não tratá as resposts que o Brasil espera", conclui a senadora.

"Damares Alves tem muito a falar"

Nesta semana, a comissão externa aprovou a participação de mais três integrantes. Entre os nomes sugeridos está o da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos no governo de Jair Bolsonaro (PL). Damares é alvo de uma representação no Conselho de Ética da Casa por suposta ação e omissão contra o povo Yanomami enquanto era ministra.

A senadora repercutiu a particiação da colega. "Ela é senadora e tem legitimidade de integrar a comissão, na verdade, como qualquer um outro senador. Mas a decisão final, se ela integrará ou não a comissão será do presidente Rodrigo Pacheco. Agora, ela participando ou não, ela tem muito a falar para essa comissão. Ela estava, na verdade, na condução da pasta que tinha responsabilidade em relação aos povos indígenas do Brasil, né? Então uma série de informações que ela naturalmente tem essas informações e deverá dar a comissão", finalizou.

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