Rio Grande do Sul começa a aplicar vacina bivalente contra a covid-19
O estado é o primeiro a entrar nesta etapa de imunização
Luciane Kohlmann
O governo do Rio Grande do Sul começou, nesta 3ª feira (14.fev), a aplicação da vacina bivalente contra a covid-19. O estado é o primeiro a entrar nesta etapa de imunização.
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Quase 100 idosos do asilo Padre Cacique, o mais antigo de Porto Alegre, receberam a vacina. Os moradores da instituição, que registrou somente uma morte desde que a pandemia começou, têm idade média de 85 anos e muitas comorbidades.
"Desde o princípio nós estamos com a carteira de vacinação deles em dia e atuando no sentido de isolar precocemente, testar, e cuidar dos indivíduos com os quais eles tiveram contato", afirma a médica responsável do asilo, Júlia Santana Trombetta.
A pandemia perde cada vez mais força com o avanço da vacinação. A média móvel de casos de covid-19 no Brasil está em cerca de 8.700. A de mortes chegou a 45.
No último domingo (12.fev), pela primeira vez desde o início da pandemia, o Brasil não registrou nenhuma morte por covid-19, mas o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass), destaca que 15 estados não divulgaram dados de casos e óbitos pela doença no fim de semana. Com isso, ainda não é possível afirmar que de fato não houve mortes neste dia.
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre, referência no atendimento de alta complexidade, chegou a atender 150 pacientes ao mesmo tempo em estado crítico com covid. A epidemiologista da instituição conta que nesta 3ª feira não havia nenhum.
"Se vier uma nova variante, a melhor coisa que a gente pode fazer é estar com a vacinação completa e todas as doses de reforço", diz Jeruza Neyeloff
Até agora, 164 milhões de pessoas completaram o esquema vacinal primário, com as duas primeiras doses -- o que representa 80% da população.
Um levantamento recente da Fiocruz indica que os registros de síndrome respiratória aguda grave também seguem caindo ou em estabilização na maioria dos estados.
"Tem menos casos graves, menos hospitalizações, menos óbitos. Isso é um bom sinal, então é muito boa a parte dessa questão da vacinação que teve um efeito muito positivo", diz Daniel Villela, pesquiador da Fiocruz.
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