Senadores irão acompanhar, em Roraima, situação dos Yanomami
Comissão externa foi aprovada nesta 4ª feira (8.fev) e aeronave da FAB já foi solicitada
Em votação simbólica, o Senado aprovou a instalação de uma Comissão Temporária Externa para acompanhar in loco a situação dos Yanomami e a saída dos garimpeiros do território indígena, em Roraima. Cinco senadores irão atuar na comissão por um prazo de até 120 dias. Três integrantes já estão definidos. São os representantes de Roraima no Senado: Hiran Gonçalves (PP), Mecias de Jesus (Republicanos) e Chico Rodrigues (PSB).
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Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), este é o grupo que representará a casa no acompanhamento da crise humanitária
"A Comissão irá representar o Senado na gestão dessa crise grave de Roraima, tanto de povos indígenas, tanto da população que ali estão: de garimpeiros, de funcionários do garimpo que precisam, obviamente, a despeito de responderem, eventualmente, por alguma prática ilícita, precisam, neste instante, ser socorridos por um critério básico, o critério de solidariedade e da humanidade. É preciso buscar contribuir com o poder executivo para que haja a solução definitiva dessa crise gravíssima", afirmou Pacheco.
O requerimento foi protocolado nesta 3ª feira (7.fev) pelo senador Dr. Hiran (PP) sob a justificatica da "imprescindível criação de uma comissão para acompanhar a retirada pacífica e urgente dos garimpeiros dessa região". Logo após a aprovação, o Senado solicitou, a pedido dos senadores de Roraima, uma aeronave da Força Aérea Brasileira para embarcar na manhã desta 5ª (9.fev) para Roraima, com o objetivo de participar de uma reunião na área de retirada dos garimpeiros, juntamente com os ministros da Defesa, José Múcio, dos Direitos Humanos, Silvio Almeida e dos comandantes das Forças Armadas que estão no Estado acompanhando as operações em andamento.
O grupo de senadores de Roraima defende que os garimpeiros que estão deixando a região também sejam contemplados com medidas assistenciais do governo federal. A comissão também deve ter o acompanhamento de representantes da Procuradoria-Geral de República (PGR), do Ministério da Defesa, dos Direitos Humanos e da Justiça.