Deputados bolsonaristas divergem sobre punição a Marcos do Val
Assim como políticos do PT, aliados do ex-chefe do Executivo defendem que caso seja investigado pela PF

Milena Teixeira
Parlamentares da base bolsonarista divergem em relação a acusação que o senador Marcos do Val (Podemos-ES) fez contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Alguns afirmam que Do Val se contradiz nas versões, mas que as acusações são graves e, por isso, precisam ser apuradas pela Polícia Federal. Outros defendem o ex-presidente e afirmam que as denúncias são "perigosas" e "sem fundamento". Deputados da ala do ex-chefe do Executivo defendem que o caso seja investigado pela Polícia Federal.
Em entrevista a jornalistas, na manhã desta 5ª feira (2.fev), o senador afirmou que Bolsonaro participou de um plano de golpe de Estado para derrubar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao longo do dia, Marcos do Val deu depoimentos em diferentes versões e disse que houve uma tentativa de grampear o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, José Guimarães, diz que "quer que tudo que ocorreu seja investigado". "Tomei um susto hoje de manhã. Eu pessoalmente e não o governo. Não conversamos sobre isso (na reunião com Lula). Esse processo que aconteceu no dia 8, esse processo todo a Justiça está avaliando. Nós queremos, na minha opinião, que tudo que ocorreu seja apurado", declarou.
Caso de polícia e psiquiatra
Ao ser questionado sobre a acusação de Do Val, o líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que seu colega precisa ir para o "psiquiatra" ou para a "polícia". "Para o senador Do Val eu tenho dois remédios: psiquiatra e polícia, apenas isso", declarou.
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