"Não precisamos de uma outra força de segurança", diz Celina Leão
Governadora em exercício explica medidas para evitar criação da guarda nacional do Distrito Federal
Soane Guerreiro
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, disse que está adotando medidas para mostrar ao governo federal que a criação da Guarda Nacional Permanente e de Segurança Pública não é necessária. Segundo ela, o 6º batalhão da Polícia Militar, que foi renomeado para Batalhão dos Poderes da República, passa por reformas e terá efetivo reforçado. O posto é o mais próximo da Praça dos Três Poderes.
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"Dobramos o efetivo desse batalhão, que é a pronta resposta, ou seja, teremos 500 homens ao lado dos Poderes pra qualquer tipo de situação; homens altamente treinados, forças especializadas", afirmou Celina, nesta 3ª (31.jan), em entrevista ao SBT News.
A governadora também defende que a medida gera um mal estar e pode ser um problema pra o governo federal.
"Como é que vai ser essa guarda? Qual vai ser a remuneração? Vai se equiparar a qual outro tipo de força nacional? Temos as guardas municipais, ela faz o mesmo papel? Então, há uma discussão de corporação. Ela é muito profunda", defendeu a governadora em exercício.
Veja a entrevista:
Guarda Nacional
O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou, na semana passada, que a União irá apresentar ao Congresso uma proposta para criar a Guarda Nacional Permanente, com o objetivo de resguardar as sedes dos Três Poderes e a Esplanada dos Ministérios. A iniciativa pode ser apresentada por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), e veio como uma resposta aos atos de vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro.
Celina Leão admitiu ainda que houve um "apagão" no governo do DF, mas garante que isso foi superado. "As instituições não erram, os erros são humanos. Houve um apagão dentro da Secretaria de Segurança Pública. Não ocorrerá mais. Não precisamos de uma outra força de segurança, nós precisamos de um comando da Segurança Pública, forte e permanente."
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