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Empresário que vendeu joias para Neymar ostentava vida de luxo on-line

Investigado aparece em fotos ao lado de Neymar, Daniel Alves e Mbappé

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Neymar
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Eduardo Rodrigues Silva, empresário do Distrito Federal, está sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) suspeito de integrar um grupo criminoso que praticava agiotagem, venda de joias de luxo e lavagem de dinheiro. Nas redes sociais, o suspeito aparece em fotos com várias celebridades e jogadores de futebol, entre eles: Neymar, Daniel Alves e Kylian Mbappé. 

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Neymar comprou do suspeito duas joias de luxo: um colar de diamantes e um anel de ouro com diamante. A Polícia Civil encontrou uma nota fiscal no valor de R$ 106 mil referente ao colar. O valor do anel não foi divulgado. O atacante da Seleção, inclusive, aparece em algumas fotos usando a joia luxuosa. 

Em 2018, Eduardo publicou nas redes sociais algumas fotos ao lado de Neymar. Os dois estavam jogando poker numa festa. Na rede social da empresa, o investigado divulgou que entregaria mais uma joia ao atacante do Brasil. "Mais uma joia feita com muito carinho para o gênio da bola. Obrigado pela atenção e confiança no trabalho", escreveu na legenda. 

Foto de joia feita para o jogador Neymar

 Eduardo Rodrigues, nas redes sociais, publicou fotos no aniversário de Neymar. O craque fez uma festa exclusiva para convidados em Paris, em 2019. O alvo da polícia aparece ao lado de Joclécio Amancio dos Santos, conhecido como Jota Amancio, um dos melhores amigos de Neymar. Jota, inclusive, repostou na rede social as mesmas fotos publicadas por Eduardo. Além dele, o investigado aparece ao lado de outros famosos: Kylian Mbappé, Wesley Safadão e Felipe Araújo. 

Depoimento à Polícia 

Neymar foi intimado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) a prestar depoimento e explicar detalhes sobre a relação que tem com Eduardo Rodrigues Silva. De acordo com a polícia, o atacante do PSG vai ser ouvido apenas como testemunha. O jogador não é investigado. Por morar na França, o depoimento será on-line. 

Durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta 6ª feira (27.jan), a Polícia Civil informou que há indícios de que as joias tenham origem ilícitas, já que foi encontrada apenas uma nota fiscal, declarada dois anos após a entrega da peça ao atacante. A polícia então quer esclarecer a relação do jogador com os envolvidos, além de saber como Eduardo chegou até Neymar, o real valor das joias e se o atacante ainda está com os objetos. 

Operação 

A operação foi deflagrada pela PCDF nesta sexta-feira (27). Três suspeitos foram encontrados. Eduardo Rodrigues não foi localizado e segue foragido. Agentes da polícia cumpriram mandados de busca e apreensão em um cassino de pôquer, em uma marina e em uma joalheria. Todos os locais ficam no Distrito Federal. Segundo as investigações, o grupo movimentou, entre 2019 e 2021, cerca de R$ 16 milhões. 

O cassino era usado para o grupo praticar agiotagem. Os suspeitos faziam empréstimos a juros superiores aos permitidos por lei e cobravam os valores mediante ameaças. O grupo exigia transferências bancárias e entrega de veículos como garantia. Já na joalheria o grupo fazia a venda das joias, porém, há indícios de que as peças possam ser roubadas ou terem origens ilícitas.
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