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Brasil

"Impossível", diz senador sobre recadastramento de armas

SBT News revelou crescimento de 88% no acesso ao armamento entre 2019 e 2022

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Homem branco, de óculos e bigode, vestindo camisa verde, falando em conversa pela webcam
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Após o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) assinar um decreto para dificultar o acesso a armas e munições no primeiro dia de governo, apoiadores da política armamentista do governo anterior já se posicionaram contra os efeitos do documento. 

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De acordo com o senador Marcos do Val (Podemos-ES), o recadastramento proposto pelo atual governo é "impossível". O decreto exige que os proprietários de armas compradas desde maio e 2019 façam um novo cadastro em até 60 dias. 

"Impossível, humanamente impossível recadastrar quase dois milhões de armamentos em apenas 60 dias", disse do Val. Para o senador, aqueles que tem armas e que seguiram "a lei à risca, que fez todos os testes, provas técnicas e tudo o mais para ter a sua arma legalizada passará, daqui a 55 dias, a se tornar um criminoso". 

1,1 mil armas foram liberadas por dia entre 2019 e 2022 

O SBT News revelou que nos últimos quatro anos foram mais de 40 medidas para flexibilizar o Estatuto do Desarmamento. Com o afrouxamento das regras, 1,1 mil armas foram liberadas por dia no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022. 

No total, foram 1,6 milhão de novas armas de fogo autorizadas ? ante 847 mil entre 2015 e 2018, um crescimento de 88%. Para especialistas, a nova medida servirá para estancar o acesso progressivo de armas em poder da população, que muitos creem ser uma proteção contra a violência. 

Para especialistas, a nova medida servirá para estancar o acesso progressivo de armas em poder da população | Reprodução/SBT

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