Prefeitura pede suspensão imediata do uber moto em São Paulo
No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes também informou que irá proibir o serviço na cidade
![Prefeitura pede suspensão imediata do uber moto em São Paulo](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2Fuber_3e6f719cb7.jpg&w=1920&q=90)
A Prefeitura de São Paulo notificou a Uber e pediu a suspensão imediata do serviço de transporte de passageiro em motos, que tinha sido anunciado pelo aplicativo na 4ª feira (04.dez). A modalidade, que acaba de chegar na capital paulista e no Rio de Janeiro, já funciona em outros 160 municípios e começou em 2020.
Os passageiros podem optar, pelo aplicativo, se preferem que o transporte seja feito por motociclistas cadastrados e com preços mais acessíveis que os oferecidos pelo trajeto com carros. Mas, ainda não há regulamentação para essa atividade.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, notificou a Uber. "Nós já temos um decreto que proíbe o serviço de mototáxi. Eles não estão autorizados a fazer, pedi que comunicassem para eles tirarem do aplicativo. Evidentemente, devem vir aí umas questões judiciais, imagino eu", declarou Nunes.
Já Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, foi às redes sociais avisar que vai proibir a modalidade.
Para o especialista em modalidade urbana, Flamínio Fichmann, a atividade é inviável pela questão da segurança dos passageiros e pelos impactos econômicos nos outros sistemas de transporte público.
"Esse desequilíbrio econômico-financeiro vai implicar em uma diminuição de demanda desses outros modais e, com isso, um custo maior, ampliação dos subsídios aos ônibus, que hoje está previsto, em 2023, a um valor superior a R$ 4,5 bilhões, e vai demandar um aumento desse subsídio", explicou Fichmann.
Uma lei federal, criada em 2012, permite o serviço mototáxi, desde que haja autorização do município em que o serviço será utilizado. Para o sindicato dos motociclistas, ciclistas e mototaxistas do estado de São Paulo, a modalidade oferecida pela Uber precisa de regulamentação e fiscalização para evitar acidentes e mortes.
"A cidade de São Paulo é complexa, quase 400 acidentes, por ano, envolvendo os motoboys e os moto-entregadores, e agora, com a entrada desse serviço, a tendência é piorar. Transportar gente é diferente de transportar lanche ou mercadoria", argumentou o presidente do Sindimoto-SP, Gilberto Almeida dos Santos.
A Uber informou que sempre defendeu a coexistência de novas opções de mobilidade trazidas pelas novas tecnologias e que defende a liberdade de escolha dos passageiros. A empresa afirmou ainda que faz a checagem dos antecedentes dos colaboradores, que oferece recursos de localização para segurança de quem optar pelo serviço, além de seguros pessoais a todos em caso de acidente.
Leia também: