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Brasil

Desmatamento na Amazônia cresce 23% e atinge unidades de conservação

Acumulado do ano já chega a 10.286 km², pior marca em 15 anos

Imagem da noticia Desmatamento na Amazônia cresce 23% e atinge unidades de conservação
Assim como nos meses anteriores, o Pará lidera o ranking de desmatamento, com 276 km² derrubados ou 47% do total | Arquivo/Agência Brasil
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O desmatamento na Amazônia segue atingindo recordes negativos. Segundo balanço do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em novembro, foram derrubados 590 km² de floresta, 23% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado. Com a cifra, o acumulado do ano chega a 10.286 km², o que equivale à 3 mil campos de futebol por dia - pior marca em 15 anos.

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Assim como nos meses anteriores, o Pará lidera o ranking de desmatamento, com 276 km² derrubados ou 47% do total. O aumento da devastação no estado tem ameaçado cada vez a Floresta Estadual (Flota) do Paru, no norte, uma vez que, em novembro, a unidade de conservação foi a terceira mais desmatada de toda a Amazônia. 

"A Flota do Paru é um verdadeiro santuário das árvores gigantes na Amazônia. Por isso, é extremamente grave que o desmatamento esteja avançando sobre o local. É possível visualizar mais de 30 Cadastros Ambientais Rurais (CARs) sobrepostos à área, o que indica que os desmatadores estão pressionando pela posse desses lotes. O governo paraense precisa cancelar esses registros ilegais", diz a pesquisadora Jakeline Pereira.

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Ainda compõem o ranking de desmatamento os estados do Mato Grosso (com 82 km² ou 14% do total) e do Amazonas (com 66 km² ou 11%). Junto com o Pará, as regiões somaram, no mês, 72% de toda a devastação na Amazônia Legal. De acordo com o Imazon, a maioria da devastação ocorre em meio ao avanço do garimpo e da grilagem.

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