Fogos de artifício: magia para uns, desespero para outros
Cães e gatos sofrem com estouros e cidades e estados criam leis para proibir barulho dos artefatos
Glauco Pasa
O fim de ano e as festas vão chegando e, com elas, espetáculos de luzes e fogos de artifício. Uma das atrações mais esperadas em muitos locais do mundo, o momento é magia para uns e puro desespero para outros.
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Vem ano e vai ano, a história se repete: durante a virada, donos de cães e gatos publicam mensagens, sejam em cartazes nas ruas, sejam na internet, sobre os impactos do barulho dos fogos de artifício nos bichinhos.
A situação chega ao extremo quando esses avisos são de pets que fugiram, assustados com o som, muitas vezes ensurdecedor, do espocar das explosões durante a virada do ano, por exemplo. Desorientados, muitos são atropelados.
Com capacidade auditiva muito maior que a de humanos, barulhos acima de 60 decibéis -- algo equivalente a uma conversa em tom alto ? podem causar estresse físico e psicológico, de acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). Ouvindo uma frequência maior de sons em relação aos humanos, o ouvido dos cães pode detectar barulhos a uma distância quatro vezes maior.
O grave problema motivou diversas leis que proíbem os fogos de artifício com som alto em várias cidades. A deputada Luciana Genro (PSOL) criou uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, proibindo o estouro de fogos com ruído no estado.
Além dos animais, quem sai ganhando com a medida são idosos, bebês, enfermos e autistas. Legislação semelhante é vista em outras cidades, como Brasília e Rio de Janeiro, e nos estados do Pará e São Paulo.