Homem que quebrou mandíbula de mulher em show será indiciado
Caso foi registrado em Pederneiras (SP) após agressor não concordar com críticas de banda a candidato derrotado
Renata Lins
O homem que agrediu e quebrou a mandíbula de uma mulher durante um show em Pederneiras, interior de São Paulo, será indiciado por lesão corporal. O agressor, antes, ainda ameaçou um idoso quando a agredida tentou separar a briga. O caso foi registrado na última 3ª feira (15.nov).
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Outros espectadores registraram as cenas de violência praticadas pelo homem, identificado como Adílson "Marrom". Ele seria um lutador de MMA e teria ameaçado os músicos da banda Garotos Podres. A motivação seria política, após o grupo se manifestar contra o candidato à reeleição derrotado, Jair Bolsonaro (PL).
A banda relatou que uma mulher, também incomodada com as manifestações contrárias ao rejeitado nas urnas, atirou uma lata de cerveja que acertou o guitarrista.
Após as cenas de agressão, o homem entrou em um carro, conversou com policiais militares e não foi detido.
A vítima está internada para fazer uma cirurgia na mandíbula e registrou boletim de ocorrência. A jovem afirmou que conhece o agressor e ele não teria gostado das críticas da banda feitas ao candidato perdedor.
O caso foi registrado como briga política e Adílson indiciado por lesão corporal. A prefeitura da cidade afirmou que "tomará as previdências cabíveis" e que segue com o "compromisso" de combater a violência contra a mulher e a favor da liberdade de expressão.
Em nota, a banda Garotos Podres lamentou o ocorrido, algo que nunca tinha acontecido nas apresentações em 40 anos de carreira, e criticou a omissão da Polícia Militar no momento da briga.
Os músicos ainda afirmaram que o "Secretário de Cultura, Geraldo Antonio Cardoso Junior, tentou coagir nossa produção dizendo para que a banda não falasse mais de política. Seguimos com o show e nosso posicionamento, mas a Defesa Civil cortou a energia do palco e fomos obrigados a parar de tocar". "Enquanto estivemos no palco, apenas nos posicionamos contra o fascismo e contra a barbárie. Como sempre fazemos", acrescentaram.
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