Operação da PF mira esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na FGV
Instituição de ensino era utilizada por órgãos federais para mascarar desvios de contratos e propinas

Camila Stucaluc
A Polícia Federal realiza, nesta 5ª feira (17.nov), a operação Sofisma, que tem como objetivo apurar um esquema de corrupção, fraude e lavagem de dinheiro por integrantes da família Simonsen que exploravam a Fundação Getúlio Vargas (FGV). São cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, sendo 26 no Rio de Janeiro e três em São Paulo, além de ordens de sequestros e cautelares restritivas.
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Segundo os agentes, a investigação teve início em 2019, após o grupo receber informações de que a instituição de ensino era utilizada por órgãos federais e estaduais de maneira ilegal. Algumas das atividades mascaravam o desvio de diversos contratos que resultaram em pagamento de propinas, enquanto outras incluiam a fraude e o superfaturamento de processos licitatórios para encobrir a contratação de empresas de fachada.
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"Para ocultar a origem ilícita dos valores, além das empresas de fachada nacionais, observou-se que diversos executivos titularizam offshores em paraísos fiscais como Suíça, Ilhas Virgens e Bahamas, indicando não só a lavagem de capitais, como evasão de divisas e de ilícitos fiscais", disse a PF, acrescentando que as penas dos fatos investigados podem chegar a quase 90 anos de prisão.