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Atos golpistas são registrados em 15 capitais do país

Manifestantes antidemocráticos protestam contra o resultado das eleições presidenciais

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No feriado de Proclamação da República, manifestantes foram às ruas em pelo menos 15 capitais do país, para protestar contra o resultado das eleições presidenciais.

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As barracas instaladas há mais de duas semanas em frente ao quartel do Exército, em Brasília, abrigaram os manifestantes durante a chuva. Eles carregavam faixas em inglês questionando o sistema de votação brasileiro. Turistas de várias regiões do país engrossaram o público. O grupo planejava ir com carros e caminhões até a Esplanada dos Ministérios, mas o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, determinou o bloqueio da área, por recomendações de segurança. A reabertura da Esplanada só deve acontecer após a dispersão do público.

Durante o dia, manifestantes vieram também até aqui ao Palácio da Alvorada na expectativa de que Bolsonaro pudesse atendê-los no cercadinho, onde nos últimos três anos e 11 meses o presidente conversava com os militantes. No entanto, Bolsonaro não recebeu os apoiadores e continuou recluso na residência oficial da Presidência da República.

Em uma rede social, o ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou que os grupos que estão nas ruas protestam contra "atentados à democracia" e em razão de "dúvidas sobre o processo eleitoral", e criticou a "indiferença da imprensa".

Em São Paulo, o protesto que começou depois de 12h, se concentrou em frente ao Comando Militar do Sudeste, na zona sul da cidade, onde um grupo de manifestantes permanece desde o dia do segundo turno da eleição. A região ficou lotada de participantes, que carregavam cartazes pedindo socorro às Forças Armadas.

No Rio de Janeiro, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro interditaram totalmente a Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade, no início da tarde. Eles declaram não aceitar o resultado das eleições -- que não tiveram qualquer fraude detectada -- e defendem uma intervenção militar.

Em Porto Alegre, o grupo que já estava acampado no entorno do Comando Militar do Sul ganhou reforço neste feriado. Algumas ruas do centro histórico da capital gaúcha também foram ocupadas.

Em Belém, o ato foi em frente ao Batalhão de Infantaria da Selva. No local, uma equipe de reportagem do jornal O Liberal foi agredida por manifestantes. O repórter fotográfico Thiago Gomes teve o celular tomado por manifestantes. Ninguém foi preso.

Em Brasília, outro incidente: uma equipe da Jovem Pan foi hostilizada e deixou o protesto sob escolta.

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