Novo balão gástrico é alternativa não-invasiva para quem quer emagrecer
Método sem cirurgia custa em torno de R$ 15 mil e ainda não está disponível no SUS
Gudryan Neufert
Uma cápsula pouco maior do que um comprimido. Uma espécie de cateter e um líquido especial para inflar o balão. É o kit de tratamento contra a obesidade recém-lançado no Brasil, mas que já é usado, há quase uma década, em outros países, como a França, onde foi criado.
Funciona assim: a pessoa engole a cápsula, que é posicionada no estômago. Quando o invólucro recebe o líquido, infla até ocupar quase a metade do espaço.
"Um processo de inserção, imagina, é coisa de 5 a 10 minutos. Vai ter aquela situação de emagrecimento pela saciedade. O paciente vai comer muito menos, porque ele está com o balão dentro", explica o gastrocirurgião e endoscopista Eduardo Grecco.
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A novidade foi aprovada pela Anvisa no Brasil, mas ainda não é oferecida pelo SUS. Em clínicas particulares, custa em torno de R$ 15 mil. É destinada a pessoas que não tenham grau elevado de obesidade. Dura em torno de 5 meses, período no qual o balão é eliminado pelo organismo.
Dona Lucy nunca foi obesa, porém, na pandemia ganhou sobrepeso que a incomodava. Por isso, decidiu usar o balão gástrico deglutível. Ela sentiu enjoo, nos primeiros 3 dias, quando é feita uma dieta apenas com líquidos. Depois, vem a dieta pastosa, antes da comida normal.
Em 4 meses, Dona Lucy perdeu o peso extra. "Consegui perder os 12 quilos, até de uma forma rápida, porque o balão tem ali um tempo dentro de você", conta a administradora Lucy Oliveira.
E quando o balão é eliminado? "A fome volta", responde o médico Eduardo Grecco. Sem o balão, a pessoa volta a pensar em comida. Por isso, o gastrocirurgião alerta: "o que faz ele perder peso não é o balão, é a dieta. O tratamento multidisciplinar, psicóloga, nutricionista, equipe médica, para que ele entenda a alimentação".
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